A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus (DM) são doenças crônicas de elevada prevalência no Brasil e no mundo. Dessa forma, em 2001, foi criado pelo Ministério da saúde o HIPERDIA, programa destinado ao cadastramento e monitoramento dos portadores de HAS e DM atendidos na rede do Sistema Único de Saúde na atenção primária, permitindo assim conhecer o perfil epidemiológico dessas doenças na população. O presente estudo é do tipo observacional descritivo de corte transversal, visando estimar a prevalência da adesão medicamentosa utilizando o questionário do teste de Morisky-Green e de fatores de risco que possam estar associados em pacientes do programa do Hiperdia da USF Djalma de Holanda Cavalcante na cidade de Recife-PE, descrevendo-os de acordo com seu perfil socioeconômico. Foi encontrada uma amostra composta predominantemente por mulheres, pardos, idosos, com baixa escolaridade, sedentários, hipertensos e com sobrepeso ou obesidade. A taxa de adesão medicamentosa foi abaixa, apenas de 20% (pacientes que marcaram 4 pontos no teste de Morisky-Green), sendo as principais causas de não adesão, apontadas pelos pacientes, esquecimento e atraso no uso de medicamentos. Dessa forma torna-se fundamental a intensificação da atuação da Unidade de Saúde da Família com ênfase nas condutas de tratamento não medicamentoso especialmente quanto a reeducação alimentar, práticas de atividade física, assim como em estratégias para aumentar a adesão medicamentosa nas USF de PE.