O crescente envelhecimento populacional traz à tona a necessidade de cuidados com a pessoa idosa. Esta, geralmente, é institucionalizada pela família devido à escassez de tempo da família para o seu cuidado domiciliar, sendo este terceirizado para um ambiente desconhecido e, as vezes, inadequado. Tal conjuntura, somada com a fisiopatologia do envelhecimento, acarreta no processo de agravo das funções cognitivas e de socialização da pessoa idosa residente em instituições de longa permanência. Para avaliar tal fenômeno, este estudo do tipo descritivo, qualitativo, fez um relato de experiência a partir da prática extensionista de graduandos do curso de medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba em uma linha de extensão voltada para o cuidado com idosos institucionalizados em um abrigo da cidade de Cabedelo/PB, com o intento de desenvolver atividades que estimulem a memória e a socialização de idosos e de habituar os estudantes de medicina a lidarem com aspectos da fisiopatologia do envelhecimento humano. Assim, os resultados dessa execução de intervenções terapêuticas individuais e coletivas foram eficazes, na medida da verificação da intensa participação e interesse das pessoas idosas, que, ao final, estavam mais sociáveis e com uma melhoria nas suas funções cognitivas, principalmente, na memória e na atenção. Por fim, tendo em vista que a população idosa brasileira está em crescimento, a qualificação profissional na área de saúde é necessária, para que os direitos humanos na velhice, em especial à saúde, sejam garantidos e o cuidado integral e longitudinal efetuado para aqueles que envelhecem.