Hepatotoxicidade trata-se de uma alteração no funcionamento ou lesão no fígado capaz de produzir algum dano, independente da manifestação de sintomatologia ou não. O quadro geralmente é causado por inalação, ingestão ou administração parentérica de agentes farmacológicos ou químicos. Revisão de literatura de 15 documentos que possuíam correspondência com o tema proposto e dotados de elementos relevantes ao escopo da revisão. Certos grupos específicos apresentam maior propensão a lesão por alguns tipos de medicamentos. Os pacientes mais jovens estão em maior risco de hepatotoxicidade de ácido valproico e salicilatos, além de lesão hepatocelular medicamentosa em geral. Em estudo transversal realizado em 2010 no Brasil com 789 universitários detectou prevalência de 86% de automedicação, cujos medicamentos mais usados foram em ordem decrescente paracetamol, dipirona, ácido acetilsalicílico, fitoterápicos e chás. Além disso, diante do quadro de apresentações clínicas bastante diverso e de modo geral inespecífico, a capacidade de suspeição clínica do médico, atrelada a uma história de exposição e possível confirmação por exames laboratoriais
e/ou de imagem permitem o diagnóstico de hepatopatia tóxica.