As enteroparasitoses podem causar deficiências nutricionais, comprometendo o desenvolvimento físico e cognitivo das crianças e podendo levar ao óbito. Seu modo habitual de disseminação é através do solo, alimentos e água, facilitando a contaminação de crianças pelo maior contato com o solo e desconhecerem as medidas de prevenção. Esse estudo visa determinar a prevalência de enteroparasitoses, analisar se estas são as causas de deficiência nutricional em crianças e verificar a presença de contaminação por parasitos nas áreas de recreação da Escola de Educação Básica da Universidade Federal da Paraíba do município de João Pessoa/PB. A amostra contou com 34 indivíduos, onde 56% eram do sexo masculino e 44% do feminino, com idades variando entre 2 e 9 anos. Os exames coproparasitológicos seguiram o método PARATEST®, havendo 2,9% de positividade para cistos de Giardia lamblia. Coletou-se areia em seis áreas, sendo avaliadas pelos métodos de Hoffmann e Rugai adaptados para o solo. Houve presença de oocisto de coccídio, larva de Ancylostomatidae e cisto de Entamoeba coli em duas áreas (33,33%) e ausência de contaminação nas quatro áreas restantes (66,67%). Quanto a avaliação nutricional, apenas 5 crianças se desviaram do IMC adequado, apresentando risco de sobrepeso. Apesar de haver a contaminação do solo arenoso, o nível de instrução dos pais e mães em conjunto com as condições de higiene e moradia as quais as crianças estão inseridas foram fatores determinantes para a negatividade da contaminação por enteroparasitos em grande maioria das crianças, o que reflete também no bom desenvolvimento nutricional das mesmas.