A população mundial tem sido acometida por vários sintomas gastrointestinais, como: flatulência excessiva, inchaço abdominal, diarréia e constipação. Diversos estudos buscam terapias que melhorem a qualidade de vida destes paciente, uma destas é a dieta Low-FODMAP (baixo teor em oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis fermentáveis). Este trabalho objetivou avaliar atualizações sobre recomendações da dieta restritiva com baixo teor de FODMAPs para pacientes com diagnóstico de sintomas ou doenças gastrointestinais. Trata-se de revisão narrativa da literatura, realizada em março de 2018, nas bases de dados PubMed, Cochrane Library e Uptodate, selecionados artigos publicados nos últimos 5 anos, nos idiomas inglês, espanhol ou português, baseados em estudos com humanos, utilizadas 21 referências. Os FODMAPs são classificados como carboidratos de cadeia curta, que são mal absorvidos e possuem a facilidade em serem fermentados no intestino, levando a aumento da permeabilidade intestinal e possivelmente inflamação em indivíduos susceptíveis. Sua ingestão pode acarretar na indução de distensão luminal e culminar no surgimento de sintomas gastrointestinais causados pela produção de gás e pela liberação de água no cólon. Tais componentes alimentares tem sido mostrados como agravantes de sintomas gastrointestinais funcionais em pessoas com Doenças Inflamatórias Intestinais (Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa), Síndrome do Intestino Irritável e Doença Celíaca. A dieta Low-FODMAP tem mostrado benefícios na diminuição de sintomas gastrointestinais nestas patologias, entretanto, ela não deve ser prescrita indiscriminadamente, sendo recomendada apenas para adultos que possuem diagnóstico confirmativo de que os sintomas relatados são provocados por estes alimentos.