A doença de Alzheimer (DA) é uma patologia neurodegenerativa, crônica e progressiva com características de declínio cognitivo e funcional além de comprometimentos comportamentais e neuropsiquiátricos. Não possui cura e tudo que está ao alcance dos tratamentos disponíveis é tentar diminuir velocidade em que ela progride, bem como amainar os declínios apresentados. As terapias não farmacológicas como técnicas de neuromodulação e intervenção cognitiva (IC) tem se apresentado na literatura como uma proposta adjuvante a farmacoterapia no tratamento da DA. A presente pesquisa teve como objetivo verificar o efeito da Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) associada a Intervenção Cognitiva em pacientes com doença de Alzheimer leve. Para isto, foi realizado um estudo piloto experimental controlado e randomizado com 8 participantes que passaram pela condição da ETCC ativa e placebo associada a IC. O desfecho primário foi o Alzheimer Disease Assessment Scale sub-escala cognitiva (ADAS-Cog) e os desfechos secundários foram o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e o Inventário Neuropsiquiátrico (NPI). Os resultados obtidos mostram um resultado significativo no desfecho primário no grupo que passou pela ETCC ativa (p = 0,02). Os desfechos secundários também foram significativos para a condição ativa: MEEM (p= 0,04) e NPI (p= 0,02). No entanto, no tocante aos sintomas neuropsiquiátricos, o NPI também demonstrou uma condição significativa no grupo placebo (p= 0,01). Deste modo os dados sugerem que esta proposta de associar a farmacoterapia com estas duas técnicas adjuvantes pode ser uma opção viável de tratamento nos domínios cognitivos e neuropsiquiátricos em pacientes com DA leve.