A adição de componentes inorgânicos à solução polimérica têm-se tornado uma prática bastante utilizada na preparação de membranas, e esta adição caracteriza-se na obtenção de membranas compósitas. As membranas híbridas de polisulfona (PSU) com dióxido de titânio (TiO2) foram preparadas com êxito por meio do método de inversão de fases com nanopartículas de TiO2 dispersas uniformemente. As membranas foram caracterizadas por difração de raios-X (DRX), spectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) e ângulo de contato. Por meio dos difratogramas de raios-X, pôde-se perceber que a membrana de PSU pura e seus híbridos apresentou um ombro amorfo característico do polímero entre 15° e 20°. Por meio do espectro na região do infravermelho das membranas híbridas ficou evidenciado as mesmas bandas referentes à polisulfona, onde estas não estão relacionadas apenas à PSU, mas também com as bandas características típicas do dióxido de titânio. O TiO2 adicionado na membrana possivelmente atuou como agente nucleante, aumentando o caminho tortuoso existente nas suas seções transversais, e, consequentemente, melhorando as suas propriedades de barreira e favorecendo assim a maiores ângulos de contato. Portanto, estas membranas planas híbridas de PSU/TiO2 por terem obtido maiores valores de ângulos de contato, apresentam potencial para o tratamento de águas no semiárido.