A produção de milho grão em alagoas possui baixos índices produtivos, equivalente a 0,83 toneladas ha-1 (LSPA/IBGE, 2017), justificada pela dependência das condições meteorológicas, devido a irregularidade das precipitações pluviais, e pela carência na difusão de tecnologia aos produtores, tal como a recomendação de fertilizantes, principalmente no uso racional do nitrogênio (N), elemento essencial para o pleno crescimento e desenvolvimento das culturas agrícolas (FORNASIERI FILHO, 2007). Submetendo os cultivos a deficiência nutricional e declinando o rendimento das plantas.
O presente trabalho teve por como objetivo avaliar a produtividade agrícola da cultura milho submetido a diferentes doses de nitrogênio (N) na região da zona da mata alagoana.O experimento foi conduzido entre 29 de fevereiro a 20 de junho de 2016, na área experimental do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas, Rio Largo – Alagoas, em um latossolo amarelo distrocoeso argissólico de textura média/argilosa. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, com quatro repetições, compreendendo quatro doses de nitrogênio (N), na forma de ureia (45% N): 0 (zero), 75, 150 e 225 kg ha-1, respectivamente.A Colheita foi realizada em 20/06/2016 (113 DAS), a produtividade agrícola (PA) foi estimada pela pesagem dos grãos existentes nas plantas da área útil de cada parcela (9,6 m2). Os dados obtidos foram submetidos à análise variância, por meio do programa estatístico Sisvar (FERREIRA, 2008), sendo analisados por regressão polinomial quadrática a (p ≤ 0,05).Durante os 113 dias do ciclo produtivo, houve excesso de água em 82 dias com chuva (73,21%), total de 599,4 (mm) ao longo do experimento, e apenas e 30 dias sem chuva (26,78%). O maior evento de precipitação diária ocorreu na fase inicial 68,1 mm, 3 DAS. A evapotranspiração da cultura (ETc) variou de 1,94 mm a 5,70 mm, com média de 4,0 mm dia-1, acumulando 451,94 mm. A produtividade agrícola teve efeito significativo, pelo teste F a (p≤ 0,01) (Tabela 1), a dose máxima eficiente de N de 171,82 kg de ha-1, promoveu a produtividade máxima (t ha-1) de 7,97 t ha-1, em seguida, a produtividade decaiu 2%.A PA máxima superou a média nacional (4,2 t ha-1) (CONAB, 2017), em aproximadamente 89,76%, e comparando os valores entre a dose máxima eficiente 171,82 kg de ha-1 e a maior dose aplicada neste experimento 225 kg ha-1, verifica-se a economia de R$ 149,86 aproximadamente 34% na aplicação de N ha-1, com valores de PA de 7,97 e 7,80 t ha-1, respectivamente, ou seja, incremento de 30,95%, equivalente a 0,17 t ha-1. O custo a mais de R$ 194,00 ha-1, com a adubação de 75 kg ha-1 de N, eleva significativamente a lucratividade do produtor, 25,43% ao ser comparada com a dose 0 (zero) kg ha-1. A produtividade do milho foi influenciada pela adubação nitrogenada.
O rendimento de grãos máximo (t ha-1) estimado é de 7,97 t ha-1, obtido com a dose de 171,82 kg de nitrogênio por hectare.
O modelo polinomial quadrático demonstrou bom ajuste para a produtividade da cultura do milho.