O território brasileiro possui 12% da água doce do mundo, no entanto, uma extensa porção que abrange parte da região Nordeste e norte de Minas Gerais apresenta déficit hídrico. Diante deste cenário, propôs-se com esta pesquisa avaliar a convivência da população do semiárido com os cenários de escassez hídrica, quais as dificuldades enfrentadas durante a captação e o armazenamento de água durante o período chuvoso e a qualidade dos mananciais nessa região. Este trabalho foi desenvolvido a partir de visita de campo e revisão bibliográfica. O semiárido brasileiro possui uma vegetação de origem sedimentar, rica em águas subterrâneas, abrangendo cerca de 86% da extensão territorial do Nordeste brasileiro e a região norte de Minas Gerais, compreendendo aproximadamente 11% do país, totalizando 974.752 km2. O clima dessa região é seco e quente, sendo caracterizado por duas estações: a úmida, chamada de inverno e a seca, também denominada verão. Os períodos de estiagem podem perdurar por vários meses e, ou até anos consecutivos, acarretando prejuízos desastrosos, como por exemplo, a impossibilidade da produção de alimentos, dessa forma, a renda familiar começa a declinar. A região semiárida enfrenta vários problemas devido à escassez hídrica, onde têm limitado a produção agrícola e o desenvolvimento da população dessa região. Porém, a adoção de programas e políticas públicas voltadas ao combate à seca, como à implantação de cisternas que captam água das chuvas, promoveria uma melhoria significativa na qualidade de vida da população do semiárido. No semiárido paraibano o problema da escassez hídrica não é diferente dos demais estados nordestinos, onde, há uma degradação e poluição contínua dos seus mananciais, comprometendo o abastecimento de água da população. Assim, programas sociais voltados para a educação ambiental, sobretudo, para a preservação dos afluentes em regiões semiáridas, é uma solução viável para reduzir a degradação ambiental nessas regiões.