A busca por água potável é tão antiga quanto a presença do homem no planeta, e o primeiro padrão para determinar a potabilidade foram os sentidos humanos. O monitoramento da qualidade da água tem elevada importância para a determinação das condições atuais e de tendências de longo prazo na gestão eficaz de um corpo hídrico. O fornecimento de água não potável tem um impacto enorme na disseminação de doenças transmitidas através da água. O semiárido nordestino vem passando por um dos piores períodos de estiagem da história, o que leva as populações dessa região a buscarem fontes alternativas de água para consumo, o que pode representar um risco. Portanto, é necessário monitorar regularmente a qualidade da água destinada ao consumo humano. Desta forma, este trabalho busca investigar a evolução da qualidade da água em poços perfurados na área urbana pela Prefeitura Municipal de Sousa através do Departamento de Água, Esgotos e Saneamento Ambiental de Sousa – DAESA, que é distribuída à população das localidades próximas. Isso pode contribuir para prevenção de uma série de problemas relacionados à água de má qualidade, como algumas doenças relacionadas à água. Foram realizadas coletas em 13 poços artesianos localizados na zona urbana do município de Sousa, entre os meses de julho e agosto, e em seguida realizou-se as análises dos parâmetros físico-químicos alcalinidade total, cloretos, sólidos totais dissolvidos e condutividade elétrica, sódio e potássio, além dos parâmetros microbiológicos coliformes totais, coliformes termotolerantes e Escherichia coli. Verificou-se que a maioria dos poços apresenta uma quantidade muito elevada de sólidos dissolvidos, principalmente cloretos e sódio, e que em todos eles foram encontrados indicadores de contaminação fecal.