A cultura do milho (Zea mays L.) possui grande possibilidades de aplicações, representando uma importante contribuição na alimentação humana e animal, ou ainda como matéria prima para a indústria. O rendimento da cultura apresenta alta variabilidade, devido a suas características fisiológicas. O potencial de crescimento, desenvolvimento e rendimento do milho associam-se às características genéticas e às condições ambientais, o que leva à grandes discrepâncias entre os rendimentos obtidos e os rendimentos potenciais da cultura. Desta forma, objetivou-se com o presente trabalho avaliar seis cultivares de milho, identificando as cultivares que melhor se adaptam às condições da região da Zona da Mata Alagoana. O experimento foi conduzido no período de junho a outubro de 2015, na área experimental do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas (CECA/UFAL). O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 6 tratamentos e 5 repetições. Os tratamentos constaram de 6 cultivares de milho, sendo três híbridos (AG-7088, AG-7098 e AG-8677) e três variedades (AL-Bandeirante, Jaboatão e Batité), cultivados a campo em regime de sequeiro. Os dados e parâmetros meteorológicos foram obtidos com sensores acoplados a uma estação automática mantida pelo Laboratório de Agrometeorologia e Radiação Solar da Universidade Federal de Alagoas (LARAS-UFAL). Com os dados de precipitação pluvial e temperatura do ar, executaram-se os balanços hídricos para cada cultivar, avaliando os ciclos vegetativos correspondentes a cada cultivar estudada considerando o comprimento do ciclo a partir da semeadura até o início da maturação fisiológica. No balanço hídrico para as cultivares AL-Bandeirante e AG8677, observa-se que houve um excedente de 507, 48 mm e o déficit de 93,63 mm, ambos atingiram a maturação fisiológica no dia 28 de setembro (112 DAP). Durante o período experimental a variedade Jaboatão apresentou um excesso (510,92 mm) e um déficit hídrico (132,14 mm), atingindo a maturação fisiológica aos 122 DAP. Em relação as cultivares AG 7088 e AG 7098 foi verificado um excedente e uma deficiência hídrica de 508,39 e 100,9 mm, respectivamente, ambas atingiram a maturação fisiológica aos 114 DAP. Entre as seis cultivares estudadas, a cultivar Batité, atingiu a maturação fisiológica no dia 05 de outubro (119 DAP), apresentando o menor excedente hídrico de 506,21 mm e o déficit de 122,12 mm. A semeadura das cultivares ocorreu na mesma data, todavia observou-se que, a maturação fisiológica ocorreu em diferentes momentos, o qual foi influenciado pela precocidade de cada cultivar. Como consequência, existiram diferenças relacionadas à distribuição hídrica. Por outro lado, o excesso hídrico (370,81 mm) ocorrido entre os 12 e 26 DAP, sendo a adubação de cobertura feita aos 15 DAP, pode ter ocasionado a lixiviação dos nutrientes disponíveis na solução do solo, levando à redução dos processos fisiológicos da cultura, o que prejudicou o desenvolvimento ótimo das plantas, ocasionando redução no rendimento agrícola. O híbrido AG-8677 apresentou uma maior adaptabilidade as condições ambientais da área de estudo. A distribuição irregular das chuvas, principalmente nos períodos críticos da cultura, prejudica o desenvolvimento e o rendimento agrícola.