Uma parte significativa do Nordeste brasileiro grita por socorro, no tocante à escassez do fluido mais importante para a existência digna dos seres vivos. Com o crescimento demográfico e os ciclos de estiagem cada vez maiores, o problema tornou-se gravíssimo. Após cinco séculos de paliativos e promessas, assistimos à chegada da tão sonhada transposição do Rio São Francisco, que, apesar dos percalços nas mais diversas áreas que a compõem, neste momento representa a solução mais concreta. Em vista disso, este trabalho objetiva entender a obra da transposição do Rio São Francisco acerca das contribuições e dificuldades que a mesma apresenta, bem como apresentar a realidade vigente das águas oriundas do mesmo. Para isso, a pesquisa, através do levantamento bibliográfico, baseou-se nos estudos acerca de verificações que expõem a qualidade das águas e os problemas de infraestrutura que os locais receptores apresentam atualmente, causando, portanto, impactos ambientais e de saúde pública, muitas das vezes, irreparáveis. Dessa forma, para viabilizar o estudo, optou-se pela análise dos levantamentos quantitativos e qualitativos fornecidos pelos seguintes sites: do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Agência Executiva de Gestão das Águas (AESA), da Agência Nacional das Águas (ANA) e do portal do Ministério da Integração Nacional. Os resultados evidenciaram que, o descaso das gestões públicas envolvidas está comprometendo a qualidades das águas procedentes do Rio São Francisco. Espera-se, portanto, que os órgãos ambientais responsáveis fiscalizem o trecho final da obra para que a mesma obtenha êxito de acordo com os seus objetivos e venha a suprir as necessidades da população trazendo a garantia de recursos hídricos em longo prazo para o semiárido nordestino brasileiro.