Artigo Anais IV CONEDU

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

INICIAÇÃO CIENTÍFICA NO COLÉGIO PEDRO II: A INSERÇÃO DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO EM UM PROJETO DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS ADAPTADOS PARA ALUNOS DEFICIENTES VISUAIS

Palavra-chaves: INICIAÇÃO CIENTÍFICA JÚNIOR, ENSINO MÉDIO, RECURSOS DIDÁTICOS ADAPTADOS, DEFICIÊNCIA VISUAL, DEFICIÊNCIA VISUAL Comunicação Oral (CO) GT 17 – Ensino e suas interseções
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Publicado em 19 de dezembro de 2017

Resumo

O Colégio Pedro II é uma instituição de ensino tradicional do Estado do Rio de Janeiro que para o ano de 2018 ofertará mais de 1500 vagas para todos os níveis do ensino básico, recebendo estudantes com variadas deficiências, incluindo deficientes visuais. Com o intuito de fornecer uma formação integral para o corpo discente, a instituição disponibiliza inúmeros editais para o fomento de projetos de cultura, extensão e pesquisa, que podem ser realizados pelos profissionais do colégio, com participação do alunado como bolsista. Considerando que os projetos de iniciação científica são de extrema importância para formação integral do aluno, despertando a curiosidade e a autonomia, e que o ensino de Biologia é extremamente visual e de difícil entendimento para os estudantes que possuem limitações visuais. O presente trabalho tem por objetivo apresentar os resultados obtidos no projeto “Produção e adaptação de materiais didáticos e aulas práticas de Biologia para alunos com deficiência visual do Colégio Pedro II”, inserido no Programa Institucional de Iniciação Científica Júnior, ocorrido entre abril a dezembro de 2015. O projeto teve a participação de quatro alunos do ensino médio, do Campus Duque de Caxias. Os encontros ocorreram semanalmente e envolveram três etapas: (1) na fase de treinamento, os estudantes tiveram encontros com as professoras orientadoras com a finalidade de conhecer a metodologia proposta no trabalho, participando de palestras e discussões a cerca da temática, também foram realizadas entrevistas com a aluna deficiente visual matriculada na unidade de forma a entender mais sobre suas necessidades e limitações; (2) na fase de desenvolvimento, os alunos analisaram as entrevistas realizadas, buscando identificar as necessidades da aluna e a partir daí produzindo e adaptando os materiais didáticos e as aulas práticas de Biologia, obedecendo aos critérios de produção e adaptação; (3) na fase de avaliação e divulgação, os materiais foram avaliados e utilizados pela discente deficiente visual e as correções necessárias foram realizadas, os recursos adaptados confeccionados foram apresentados em eventos científicos de divulgação. Foram produzidos diversos materiais táteis, entre eles: modelos didáticos de vírus, bactérias, alga unicelular, protozoário, sistema urinário humano e estrutura do néfron, além de um modelo com o resultado esperado de uma aula prática de cultura de bactérias, todos confeccionados com materiais de fácil acesso e de baixo custo. Os recursos produzidos foram apresentados em cinco eventos científicos durante o período voltados para diferentes públicos, desde alunos da formação de professores, estudantes de Biologia, até professores em exercício da própria instituição. Com o andamento do projeto, pudemos verificar que o mesmo trouxe inúmeros benefícios, tanto para os alunos bolsistas que se mostraram motivados e autônomos na realização dos trabalhos, como para a aluna com deficiência visual que demonstrou se sentir integrada nas aulas de Biologia. Por fim, concluímos que o referido projeto conseguiu atingir o seu objetivo, considerando a efetiva participação dos estudantes bolsistas durante a vigência do mesmo e a quantidade e qualidade dos materiais produzidos, assim como os inúmeros eventos científicos em que foram apresentados.

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