A construção do conhecimento científico baseia-se em pesquisas, investigações metódicas e sistematizadas que partem da produção do conhecimento existente. Nesse artigo, aborda-se a produção do conhecimento acerca do direito à profissionalização dos jovens brasileiros como garantia à educação e ao trabalho, tendo como referente o Estatuto da Juventude, com vistas a verificar quais trabalhos apontam a educação profissional como uma das formas de garantia desses direitos. Nessa perspectiva, ao realizarmos esse levantamento e crítica das produções sobre o Direito à Profissionalização do Jovem brasileiro, visamos mapear e discutir a produção acadêmica sobre esse e se essas atentam para aspectos como contexto político, bases teóricas, metodologias e considerações finais dos estudos já realizados como caminhos que nortearão a nossa pesquisa. A busca foi realizada no Portal de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com o descritor: Estatuto da Juventude. Na investigação foram localizados quinze trabalhos entre teses e dissertações. Procuramos identificar nos achados o embasamento teórico-conceitual, metodologias, técnicas utilizadas e conclusões dos estudos, realizando-se uma análise crítica dos direitos fundamentais à educação, à profissionalização e ao trabalho. Notou-se que nenhum estudo trouxe a análise do direito à profissionalização como premissa para os demais direitos constitucionais, e também, não abrangem o direito à profissionalização fundada no Estatuto da Juventude, através da Lei n.º 10.852, de 05 de agosto de 2013. Percebe-se, portanto, um silenciamento da produção acadêmica sobre a temática abordada, posto que no período de três anos (2013 a 2016) a ressonância do tema nos Programas de Pós-Graduação é de trabalhos que não o problematizam como um direito que deve ser garantido aos jovens.