Algumas habilidades cognitivas são afetadas durante o processo do envelhecimento. Devido isso, a manutenção da estimulação cognitiva torna-se de extrema importância para a promoção e o desempenho da independência e autonomia do indivíduo. A utilização de jogos visuais com o foco na estimulação cognitiva para idosos, quando usados na população de baixa escolaridade pode potencializar os ganhos quando realizada a análise detalhada da atividade por um profissional da Terapia Ocupacional que irá focar a idealização e graduação do jogo baseado nos objetivos, escolaridade e características culturais do indivíduo a ser estimulado. O estudo objetiva relatar a experiência da criação e uso de um recurso terapêutico de uma casa de cômodos com seus devidos móveis, idealizado para estimulação cognitiva de idosos com comprometimento cognitivo leve, moderado ou grave. Foi feita uma análise da atividade detalhada, por um terapeuta ocupacional, onde visou descrever as habilidades e objetivos que podem ser estimulados com o uso do jogo no do contexto ambulatorial. No entanto realizar a análise da atividade para o público descrito mostra-se importante devido a adequação do material as necessidades e interesses do indivíduo, já que a terceira idade quando associada à baixa escolaridade potencializa os níveis de dificuldade para realização de alguns treinos cognitivos, ou também para prevenir o alto índice de frustrações, pois por vezes o recurso pode exigir habilidades complexas que, com análise prévia tornam-se situações evitáveis, favorecendo então um maior engajamento dos idosos na atividade e consequentemente poderá trazer um melhor resultado na evolução cognitiva e funcional de idosos que possuem uma dificuldade cognitiva, principalmente associada a baixa escolaridade.