Introdução: A transição da menopausa, anteriormente denominada climatério, compreende o período de dois anos antes da data da última menstruação até um ano após esse evento. Dentre as alterações dessa fase, incluem-se mudanças genitais, como ardência, canal vaginal friável e ressecado, prurido, dispareunia e consequente perda da libido. Contudo, existem aspectos psicológicos desvalorizados dentro do contexto de inserção social que afetam negativamente a saúde mental feminina. Metodologia: Estudo de revisão integrativa, com análise descritiva, que teve como fonte de dados publicações disponibilizadas nas bases de dados SCIELO e LILACS, no período de 2010 a 2016, por meio de busca eletrônica realizada, tendo por descritores: ‘climatério” e “menopausa”, em inglês e português. Resultados e Discussões: A revisão de literatura, possibilitou observar que, ao entrar na perimenopausa, a mulher se sente dispensável perante a comunidade a qual pertence, que supervaloriza o papel reprodutor feminino, interferindo na sua qualidade de vida. Além da intimidação social, também é recorrente o autojulgamento, devido à ignorância relacionada ao ciclo reprodutivo. Tais fatos podem evoluir para consequências como depressão e suicídio. Conclusão: Destaca-se a importância da função da equipe multidisciplinar de saúde, em orientar a mulher e a sociedade sobre as alterações fisiológicas da vida reprodutiva feminina, esclarecendo a natureza não patológica desse acontecimento, administrando medidas terapêuticas concomitantemente ao auxílio psicológico, de modo a favorecer o bem-estar biopsicossocial da paciente. O climatério e a menopausa devem tornar-se temáticas relevantes e frequentes para uma equipe multidisciplinar de saúde, diante do aumento da expectativa de vida feminina.