A mudança no perfil de envelhecimento populacional e o aumento da expectativa de vida encontram-se em fases diferenciadas em diversas regiões do mundo. Todavia, o aumento exponencial na proporção de idosos na população mundial é algo notável. Enquanto o número de nascimentos decresce, e a taxa de mortalidade infantil diminui, a presença da medicina preventiva com recursos tecnológicos na área de saúde tem contribuído de forma importante para a longevidade humana. Entretanto, essa fase da vida está associada ao risco de desenvolvimento de doenças degenerativas. Entre as doenças que acometem os idosos, destaca-se as que comprometem a visão, a mais severa é a degeneração macular relacionada a idade (DMRI) que leva a perda visual irreversível e não possui um tratamento eficaz. Evidencias sugerem que alimentos com capacidade antioxidante poderiam prevenir ou minimizar a progresso dessa doença. Dessa forma, o tucumã (Astrocaryum aculeatum), planta nativa da Amazônia Brasileira, é um fruto que apresenta uma gama de compostos bioativos que poderiam apresentar efeito potencial benéfico para a saúde humana. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o perfil oxidativo e a viabilidade das células do epitélio pigmentar da retina, em um modelo experimental in vitro de degeneração macular relacionada à idade (DMRI), utilizando a linhagem celular ARPE-19, tratadas com extrato de tucumã (Astrocaryum aculeatum). Metodologia, as células do EPR, linhagem comercial ARPE-19 (ATCC ATCC® CRL-2302™), foram expostas ao extrato de tucumã por 24 horas e após foras realizados os teste de viabilidade celular e perfil oxidativo. Foi possível observar que todas as concentrações testadas do do extrato de tucumã não apresentaram danos oxidativos e apoptóticos às células tratadas por 24horas, exceto a concentração de 500 μg/ml na análise do oxido nitrico. Considerando o aumento da longevidade verificado nas últimas décadas reforça a necessidade de maior atenção à DMRI, uma vez que está representa a principal causa de cegueira em pacientes acima dos 65 anos, com consequente impacto na qualidade de vida dos mesmos, podendo levar à depressão em alguns casos. A partir desses resultados, com protocolo in vitro utilizando as células ARPE-19, um modelo experimental para DMRI, é possível inferir que o tucumã não apresenta efeitos citotóxicos as células, mantendo a viabilidade das mesmas, isso se deve as suas propriedades antioxidantes, podendo auxiliar na manutenção das funções oculares, visando oportunizar uma melhora na acuidade visual e na qualidade de vida, beneficiando os indivíduos acometidos pela doença.