Construídos social e culturalmente, os papéis atribuídos a homens e mulheres na sociedade são desiguais, reproduzindo a supremacia masculina sobre a feminina. No movimento Hip Hop em Teresina, a ação masculina é mais visível. Entretanto, embora com certa timidez, percebemos a presença feminina nas vertentes do movimento Hip Hop (Rap, Break, Grafite e DJ). Procuramos compreender por que as jovens mulheres, praticantes da dança Break e MC da música Rap, desempenham papéis reduzidos nessas práticas. Este trabalho de natureza qualitativa utilizou três instrumentais de coleta de informações: a observação, a entrevista semi-estruturada e o diário de campo, alicerçando-se teoricamente em Saffioti (1987), Barreto, Araújo e Pereira (2009), Melucci (2005), Scott (1995) dentre outros. Quanto aos resultados obtidos em coerência com as falas dos/as partícipes da pesquisa, o homem aparece no papel de provedor do Movimento Hip Hop, onde as mulheres ainda são vistas como aprendizes e submissas ao homem.