A articulação temporomandibular é tida como a mais complexa do corpo humano por realizar movimentos translacionais, apesar de pequena carrega consigo funções importantes e essenciais para a vida de qualquer ser humano, sendo estes o ato de abrir e fechar a boca, falar, e mastigar. FIGUN & GARINO em 1989 a definiu como “conjunto de estruturas anatômicas que, com a participação de grupos musculares especiais, possibilitam à mandíbula executar variados movimentos durante a execução de suas funções”. Qualquer desequilíbrio desta articulação que afete diretamente sua fisiologia se caracteriza como sendo uma disfunção temporomandibular – DTM, definindo assim uma desordem. Na terceira idade as doenças articulares surgem, onde umas das articulações impactadas é a ATM, a disfunção por si só já é um problema de grande impacto e quando associada com uma doença de base que prejudica ainda mais a saúde das articulações ela é intensificada. A experiência foi vivida durante as triagens de fisioterapia em conjunto com estudantes de odontologia no CER III no mês de agosto de 2017 nas avaliações da articulação temporomandibular de idosos, sendo utilizado o meio de conversação a respeito de como a disfunção interfere nas suas atividades diárias. O que fica claro diante de todas as observações que pude assimilar é que a disfunção temporomandibular acarreta a diversos problemas ao ser como um todo, sendo eles desde os clínicos como os sociais, interferindo diretamente no dia-a-dia, impedindo o mesmo de fazer coisas obvias e simples do nosso cotidiano, como simplesmente o ato de falar que é comum e fazemos o tempo todo, ou o mastigar que é essencial, o beijar, a independência e liberdade de comer o alimento que desejar e sem dor. O impacto dessa disfunção é de alta relevância, o que precisa receber uma atenção diferenciada, sendo necessário conscientizar a população da importância do cuidar para com ela, o quanto o diagnostico precoce é necessário para obter um tratamento adequado para evitar transtornos maiores ou o desenvolvimento de patologias decorrentes da DTM. Na terceira idade principalmente é importante fazer uso da promoção em saúde para proporcionar esse idoso um envelhecimento sem chegar à linha da senilidade, porque é justamente nesse público que as doenças que comprometem a saúde das articulações se instalam, dessa forma podendo desenvolver uma disfunção e deixando esse idoso cada vez mais debilitado e impossibilitado de ser independente. Então, fica claro que a disfunção temporomandibular afeta diretamente a terceira idade, trazendo impactos avassaladores para esse público, podendo até afasta-los do meio social. O que nos faz refletir no quanto precisamos estar atentos com a saúde dessa articulação.