PAMPLONA, Mario Helio Antunes et al.. Intoxicações medicamentosas em idosos. Anais V CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/34531>. Acesso em: 15/11/2024 13:30
RESUMO: Em virtude das alterações associadas ao envelhecimento e o surgimento de doenças crônico-degenerativas os idosos encontram-se mais propensos ao uso de certos tipos de medicamentos e, consequentemente, mais vulneráveis a reações adversas, como as intoxicações. Objetivou-se com esta pesquisa identificar o perfil epidemiológico das intoxicações medicamentosas em idosos no Brasil. Trata-se de um estudo ecológico, de fonte secundária e natureza descritiva com abordagem quantitativa, cuja coleta de dados se deu em agosto de 2017, utilizando-se de informações provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população do estudo foi constituída pelas notificações de casos de intoxicação medicamentosa e selecionou-se como amostra os registros referentes aos casos ocorridos em pessoas com 60 anos ou mais de idade, notificadas no Brasil, no período 2007 a 2015. As variáveis foram sexo, raça/cor, escolaridade, região de notificação e circunstâncias de exposição. Constatou-se que houve um crescimento do número de casos de intoxicação medicamentosa entre os idosos no Brasil, nos últimos anos, com maior prevalência no Sudeste. Observou-se uma predominância do número de casos em mulheres, de raça branca, com baixa escolaridade, por tentativa de suicídio e entre a faixa etária de 60 a 69 anos. Apontando-se a necessidade políticas públicas voltadas para os idosos, a fim de prevenir intoxicações e morte por esta causa.