Objetivo: identificar o perfil sociodemográfico e clínico dos idosos vítimas de Infarto Agudo do Miocárdio atendidos em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Metodologia: estudo documental, retrospectivo, com abordagem quantitativa, realizado em João Pessoa, Paraíba, após aprovação em Comitê de Ética e Pesquisa. A amostra totalizou 96 prontuários, de pacientes com diagnóstico de IAM com 60 anos ou mais, atendidos na UPA, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2016. Os dados foram obtidos nos prontuários, em janeiro e fevereiro de 2017, registrados em formulário, com variáveis sociodemográficas e clínicas. Os dados foram analisados utilizando-se o Statistical Package for the Social Science (SPSS) versão 20.0. Resultados: Considerando os dados sociodemográficos verificou-se que 58,3% pacientes eram do sexo feminino, 42,7% casados e 66,7% eram alfabetizados. De acordo com os hábitos e estilo de vida dos idosos, 16,7% eram tabagistas, 4,2% etilistas e 100% não praticava exercícios físicos, ou seja, eram sedentários. Quanto aos fatores de risco cardiovascular, as comorbidades mais prevalentes apresentadas pelos idosos foram: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), presente em 91,7%; Diabetes Mellitus em 60,4%; e a Insuficiência Cardíaca em 40,6%. Conclusão: O estudo corroborou a literatura atual no tocante a prevalência de infarto no sexo feminino e a Hipertensão Arterial Sistêmica como principal comorbidade nesta clientela. Denota a necessidade de reflexão sobre as estratégias de orientação a população no controle de doenças crônicas e de outros fatores de risco associados ao agravo, como o etilismo, o tabagismo e o sedentarismo.