No presente trabalho, objetivou-se realizar a caracterização epidemiológica das fraturas do fêmur em pacientes idosos do estado de Alagoas. A coleta de dados foi realizada através do Sistema de Indicadores de Saúde e Acompanhamento de Políticas do Idoso (SISAP-Idoso) com dados referentes ao período de 2010 a 2015. Como resultados, constatou-se, durante o período analisado, um total de 2.813 fraturas de fêmur em indivíduos com 60 anos ou mais. Houve elevação de 213,73% ao comparar o número de idosos acometidos em 2010 e 2015, passando de 204 para 640 ocorrências, respectivamente. As mulheres foram as mais acometidas por esta injúria, com um total de 1.981 (73,02%) ocorrências. Apenas no ano de 2014 houve redução de notificações, registrando-se 23 casos a menos se comparado com os registros do ano anterior. Em 2015, apesar da elevação de 51 casos, observou-se um quantitativo estacionário no sexo feminino (429), sendo o sexo masculino isoladamente responsável pelo aumento numérico de fraturas de fêmur nessa faixa etária. Verificou-se uma elevada incidência de fraturas de fêmur em idosos no Estado, com predomínio no sexo feminino, numa razão mulher/homem de 3:1. Por se tratar de um evento que aumenta as taxas de morbimortalidade, a incapacidade funcional e que diminuição a qualidade de vida da pessoa idosa, além de possuir repercussões financeiras e sociais, enfatiza-se a necessidade da adoção emergencial de políticas públicas de saúde visando o controle de fatores predisponentes a ocorrência de fraturas de fêmur em idosos no território alagoano, de modo a minimizar os impactos desse evento para essa parcela da população.