Introdução: O diabetes mellitus tipo II é uma das principais doenças crônicas no mundo, devido a sua alta prevalência e elevadas taxas de morbimortalidade. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, 33% da população brasileira dos 60 aos 79 anos de idade têm diabetes ou alguma alteração relacionada à glicose. O controle inadequado desta doença favorece a precocidade e o risco aumentado de doenças coronarianas, acidentes vasculares cerebrais, cegueira, insuficiência renal e amputações nos membros inferiores. Ressalta-se, neste contexto, a função da equipe da Unidade de Saúde da Família (USF), que por meio das ações de sala de espera ampliam os conhecimentos do paciente acerca da doença, conscientizando-o da importância da mudança de comportamento, a fim de adquirir uma melhor qualidade de vida. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo identificar o conhecimento dos diabéticos em relação à sua doença e tratamento. Desenho do estudo: Estudo observacional do tipo relato de caso. Metodologia: Realizou-se grupos educativos de sala de espera com a equipe de residentes na USF do Curado II equipe 2, situada no município de Jaboatão dos Guararapes/PE. A maior parte dos pacientes presentes na sala de espera era composto por idosos acompanhados ou não pelos familiares. Adotou-se neste grupo a pedagogia do ensino por descoberta e foi utilizado o recurso lúdico de “mito ou verdade”. Resultados e Discussão: Durante as discussões em grupo, percebeu-se a existência de muitas dúvidas por parte dos diabéticos e cuidadores, principalmente com relação aos cuidados com os pés. Deste modo, torna-se imprescindível o desenvolvimento contínuo de atividades educativas em saúde dirigidas aos pacientes e seus familiares. Considera-se, que a participação familiar é de fundamental importância no autocuidado do diabético, pois o paciente pode apresentar limitações para exercê-lo, como no caso de retinopatia, ausência de membros e/ou limitações corporais decorrentes do processo de envelhecimento. É preciso considerar o comportamento do paciente quanto ao seguimento das orientações e a adesão ao tratamento. Conclusão: O trabalho da equipe interdisciplinar deverá se basear em ações coletivas e mantidas em longo prazo, para oferecer ao paciente e à comunidade uma visão mais ampla do problema, dando-lhes conhecimento e motivação para vencer o desafio e propiciar a adoção de mudanças de hábitos de vida e adesão real ao tratamento proposto. São necessários mais estudos com metodologias diferentes para melhor elucidar os conhecimentos sobre a diabetes mellitus no idoso e também, atividades de educação em saúde que proporcionem ao indivíduo idoso autonomia para escolha de alimentos mais saudáveis.