Introdução: A variedade de modificações fisiológicas celulares presentes no organismo humano ao longo dos anos denomina-se senescência. Fatores como a involução tímica, estresse oxidativo celular, alterações epigenéticas e, primordialmente, o aumento de processos inflamatórios promovem aos indivíduos maior suscetibilidade ao desenvolvimento de inúmeras patologias, dentre elas, as doenças reumáticas. A Chikungunya é uma doença febril intensa com fases aguda, subaguda e crônica. Apresenta manifestações atípicas graves: neurológicas; cardíacas; renais; dérmicas e oculares, em alguns casos. Além disso, alterações como as histopatológicas sinoviais são evidenciadas pós-infecção pelo vírus chikungunya (CHIKV), ocasionando manifestações articulares crônicas prevalentes nos indivíduos que a adquiriram. No Brasil, há relatos de casos importados desde 2010 e os primeiros casos autóctones em 2014 em Oiapoque (AP) e Feira de Santana (BA). Objetivo: O presente estudo tem o fito de analisar os boletins epidemiológicos (BE) a fim de construir um perfil diagnóstico da situação epidemiológica de Alagoas (AL) e do Nordeste (NE) como forma preventiva do desenvolvimento de doenças reumáticas. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal retrospectivo com a análise dos bancos de dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, considerando as semanas epidemiológicas (SE) de 47 de 2015 a 7 de 2017. Resgatou-se 73 BE, dos quais 66 foram específicos para Febre Chikungunya (90,41% do total). Baseado no distrator de casos prováveis e incidência para Febre Chikungunya em AL e região NE, foram utilizados 29 (39,72%) e excluídos 37 (50,68%) do total de boletins específicos de Febre Chikungunya. Resultados: Com base nos BE, verificou-se, na SE 47 de 2015, o início das notificações de casos prováveis (160) em AL por, apenas, 2 municípios (Major Isidoro e Maribondo - 1,96% do total de municípios de AL). Em 2016, até a SE 49, houve um aumento nítido do número de casos notificados no NE que atingiu 229.157 dos quais 16.945 (7,39% do total de casos do NE) correspondiam a AL. Em 2017, notou-se um decaimento, até a SE 7, no número de casos notificados no NE (5.703) dos quais 25 (0,44% do total de casos no NE) eram de AL. Conclusão: O presente trabalho é um instrumento de conhecimento e notificação geral aos profissionais de saúde e à população local sobre os casos de Chikungunya no NE, em especial, no estado de AL à medida que vem mediar a adoção de prevenção e promoção de saúde às doenças reumáticas pós - infecção por CHIKV.