O envelhecimento promove alterações importantes no indivíduo, repercutindo no seu organismo, na sua qualidade de vida, que muitas vezes está associada às dores da coluna vertebral, e relacionadas às posturas e movimentos corporais inadequados. A flexibilidade poderá ser prejudicada culminando em incapacidades funcionais, diante disto, criou-se a Escola Postural (EP) como opção de tratamento para estes pacientes. Objetivou-se analisar a dor e a incapacidade funcional dos pacientes, através do Questionário Roland-Morris de Incapacidade (QRMI), e da flexibilidade, através do Banco de Wells (BW) em pacientes idosos submetidos à EP. Trata-se de um estudo quase experimental, não controlado, desenvolvido no Laboratório de Cinesioterapia e Recursos Terapêuticos Manuais do Departamento de Fisioterapia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos do Centro de Ciências da Saúde/ UFPE, protocolo 315/09, de acordo com a Resolução nº 196/96. A amostra foi composta por 11 idosos, com idades entre 59 e 72 anos, que após assinarem o TCLE foram submetidos à avaliação inicial (T0) composta pelo BW e o QRMI. No BW avaliou-se flexibilidade da região posterior do tronco, dos membros inferiores, em sedestação com os joelhos estendidos. O QRMI tem 24 itens com pontuações de zero ou 1 (sim ou não) e o total varia de zero (sugerindo nenhuma incapacidade por dor na coluna) a 24 (incapacidade grave). A EP foi desenvolvida em 10 sessões (exercícios de alongamentos, relaxamento, massoterapia e aulas teóricas sobre postura e autocuidado), 2 vezes na semana, por 5 semanas. Ao final da EP os voluntários foram submetidos à reavaliação (T1). A análise estatística foi realizada pelo SPSS 18.0, pelo teste t-pareado com nível de significância p <0,05. A média de idade apresentada foi de 67 ± 4,81 anos. A amostra foi composta de 3 homens (27,2&#773;7%) e 8 mulheres (72,7&#773;2%). No QRMI, houve melhora, mas não significante (T0: 5,45 ± 7,68; T1: 4,36 ± 7,68), o mesmo ocorreu no BW (T0: 18,32 ± 8,06; T1: 19,73 ± 5,56), sugerindo uma melhora da incapacidade funcional e da dor nas costas. Embora as variáveis estudadas não apresentarem valores estatisticamente significantes, QRMI (p= 0,074) e BW (p= 0,503), ocorreu um aumento nos valores brutos de flexibilidade e uma diminuição do escore no QRMI ao término da EP. Diante dos resultados podemos inferir que o programa da EP pode ter influenciado no aumento da flexibilidade e na melhora da capacidade funcional dos idosos. Sugere-se, não obstante, estudos com números amostrais maiores, controlados, para uma melhor verificação dos resultados.