Objetivos: comparar o perfil sociodemográfico e econômico, número de morbidades autorreferidas, a capacidade funcional, e nível de atividade física entre os idosos com e sem indicativo de depressão. Métodos: estudo analítico e transversal, com 980 idosos (250 com e 730 sem indicativo de depressão) residentes em Uberaba-MG, entre agosto de 2012 e maio de 2013. Foram utilizados o Questionário BOMFAQ, GDS 15, Índice de Katz, Escala de Lawton e Brody e IPAQ. Para análise de dados, foi utilizada estatística descritiva e o teste Qui-quadrado (p<0,05), no programa SPSS, versão 17.0. Resultados: Na comparação entre os grupos houve diferença significativa quanto ao sexo feminino (p=0,009), escolaridade (p=0,008), renda individual (p<0,001), Atividades Básicas de Vida Diária (p<0,001), Atividades Instrumentais de Vida Diária (p<0,001) e número de morbidades (p<0,001). A proporção de idosos com indicativo de depressão correspondeu a 25,5%. Na análise ajustada, permaneceram como preditores do indicativo de depressão: baixa renda; incapacidade funcional para realização de ABVDs e AIVDs; e a presença de cinco ou mais morbidades. Conclusão: A comparação da existência ou não de sintomatologia depressiva entre idosos possibilita um planejamento mais efetivo de políticas públicas voltadas à promoção de saúde e tratamento adequado nos casos de doença já instalada e para subsidiar estratégias de prevenção, utilizando-se de dados como fatores de risco, fatores associados e formas de investigação da depressão.