A doença de Parkinson foi descrita inicialmente no ano de 1807, é a segunda doença neurodegenerativa mais comum. Seu diagnóstico é basicamente clínico e estabelecido com a presença de dois dentre os seguintes sinais cardinais: tremor de repouso, bradicinesia (acinesia ou hipocinesia), rigidez muscular do tipo plástica e instabilidade postural. A instabilidade postural pode trazer consequências aos pacientes como as quedas, e as quedas por sua vez podem ocasionar desde uma lesão leve até o imobilismo por medo de cair novamente. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da fisioterapia sobre o medo de cair em pacientes com Doença de Parkinson. Foram incluídos para a análise 12 pacientes, nos estágios 1,2 e 3 da Hoehn e Yahr (HY), com idade média de 60,4 anos. Esses pacientes foram recrutados de forma aleatória durante consulta de rotina. Foram aplicados os seguintes instrumentos: Ficha de dados sociodemográficos; Mini-Exame do Estado Mental; Escala de HY; Escala Internacional de Eficácia de Quedas (FES-I Brasil) e o Questionário de história de quedas. Após as 15 sessões de fisioterapia os pacientes foram reavaliados. O protocolo utilizado foi baseado no Guidelines for Physical Therapy in Patients with Parkinson’s Disease. No desfecho medo de cair, a FES-I Brasil não obteve resultado estatisticamente significativo (p= 0,16), provavelmente por sua etiologia multifatorial, que abrange aspectos cuja melhoria não está relacionada apenas com a fisioterapia. Dessa forma, esses pacientes podem ter resultados mais eficientes se atendidos por uma equipe interdisciplinar. Onde os fatores, que estão influenciando na permanência do medo de cair, poderão ser visualizados e tratados adequadamente.