O tabagismo inicia-se por meio de vários fatores, dentre eles, estão o fácil acesso, o baixo custo e durante longos anos, a interferência da mídia promovendo apenas o lado positivo do uso do tabaco. É considerado a principal causa de mortes evitáveis no mundo todo. A prevalência mundial de tabagismo em pessoas com mais de 60 anos de idade é estimada em cerca de 40% entre homens e 12% entre mulheres. Este grupo reflete a 12% de indivíduos fumantes. Espera-se então que a expectativa de vida entre idosos que cessem o fumo aumente consideravelmente. A presente intervenção objetivou refletir acerca da iniciação ao consumo de cigarros entre idosos em tratamento de tabagismo em um hospital público do Nordeste. Na presente intervenção se utilizou de metodologia ativa, do tipo Problematização, O local de realização foi o Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) da Universidade Federal de Campina Grande, semanalmente, no período de setembro de 2015 a novembro de 2016. Foram assistidos tabagistas voluntários, de ambos os sexos e idade superior a 18 anos, sendo 32 idosos com idade igual ou superior a 60 anos, sendo 19 (59,4%) do sexo feminino e 13 (40,6%) do sexo masculino. 43,75% dos idosos estudados começaram a fumar com idade entre 8 a 15 anos, 31,25% (10 dos 32) fumam mais de 20 cigarros por dia, 62,5% possuem renda de até 2 salários mínimos, e apenas 8 dos 32 idosos não possuem nenhum tipo de doença. dos 32 pacientes idosos, 10 deles conseguiram cessar fumo completamente, sendo 5 do sexo masculino e 5 do sexo feminino, 7 dos 32 idosos só estiveram presentes na primeira semana, não concluindo assim o tratamento, e o restante, 15 pacientes, não conseguiram abandonar o tabaco, porém reduziram consideravelmente a quantidade de cigarros utilizados por dia. Ainda em relação a esses 15 pacientes que não conseguiram parar de fumar, 6 deles estiveram dispostos a começar um novo tratamento, com outro grupo. Dada a importância do tema, torna-se necessário o desenvolvimento de outras intervenções de controle do tabagismo entre idosos. A dependência à nicotina acarreta redução da longevidade, perda da autonomia e independência do idoso em virtude das consequências orgânicas negativas, além dos usuários, aumentarem os gastos com comorbidades e, até mesmo a morte.