Introdução. A Saúde Coletiva constitui um campo científico onde estão inseridas as profissões de saúde e o setor saúde propriamente dito. A Política Nacional de Atenção Básica atualizou conceitos na política e introduziu elementos ligados ao papel desejado da Atenção Básica na ordenação das Redes de Atenção, além de reconhecer um leque maior de modelagens de equipes para as diferentes populações e realidades do Brasil. No Brasil, o número de idosos passou de 3 milhões em 1960, para 7 milhões em 1975, e para 14 milhões em 2002 (um aumento de 500% em quarenta anos); estima-se que alcançará 32 milhões em 2020. Diante deste cenário, a saúde se constitui como um campo cada vez mais complexo e nesse contexto, a interdisciplinaridade se apresenta como uma possível alternativa contra o isolamento em sua área de saber, e além de possibilitar o diálogo e a abordagem do homem em sua amplitude. Objetivo. Descrever uma experiência de ensino nas atividades interdisciplinares desenvolvidas por graduandos de diversos cursos da saúde, em um grupo de mulheres idosas de uma comunidade assistida pela Estratégia de Saúde da Família. Métodos. Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência das vivências do estágio em Saúde Coletiva durante o ano de 2017. As atividades são planejadas e elaboradas de forma interdisciplinar por graduandos dos referidos cursos. Para tal, os alunos possuem um tempo para realizar o planejamento integrado, por meio do debate e preenchimento de um protocolo de análise e planejamento das ações a serem executadas no grupo. Após discussão e planejamento integrado, os discentes executam as atividades propostas, com atividades voltadas para as práticas corporais. Antes e após a execução da atividade, são aferidas as pressões arteriais e realizado o monitoramento das mesmas. Além de orientações educativas, com enfoque de prevenção e promoção de saúde. Ao término da atividade os alunos se reúnem com os docentes para um momento de discussão e compartilhamento da experiência acerca da atividade executada. Resultados e Discussão. Percebe-se um estreitamento da relação interpessoal entre as idosas do grupo e entre as idosos e os alunos, além de ser evidente que as práticas corporais regulares devem ser estimuladas com o objetivo de promover a participação ativa das idosas do grupo e ampliar a percepção do usuário sobre si mesmo. Pode-se perceber que a atuação interdisciplinar através de planejamentos e troca de experiências proporciona uma melhor intervenção. Conclusão. É possível perceber que o trabalho interdisciplinar proporciona um maior entendimento dos estagiários quanto à importância de ações de prevenção e promoção de saúde, estimulando ações integradas entre as profissões que atuam na atenção básica.