O descarte inadequado de medicamentos é um sério problema para a saúde pública e para o meio ambiente no Brasil. A lida com a polifarmácia, as dificuldades inerentes ao avançar da idade e a falta de orientação são agravantes que tornam os idosos ainda mais vulneráveis a este problema. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar e diagnosticar o descarte de medicamentos de uso doméstico pela população idosa de uma cidade do Nordeste brasileiro. Tratou-se de um estudo observacional, descritivo, transversal e de campo. No período de Junho a Agosto de 2017, no município Campina Grande - PB, através de questionários, foram coletados aleatoriamente os dados de 24 idosos em relação ao descarte de medicamentos. Destes idosos, 58,30% eram do gênero feminino e 41,70% do gênero masculino. Aproximadamente 95,80% afirmou acreditar que o descarte inadequado de medicamentos pode causar danos ao meio ambiente, enquanto 4,20% acredita que este descarte não causa danos. Em relação ao destino das sobras dos medicamentos que tinham em casa, 50,0% afirmou não sobrar medicamentos, 20,80% descartava no vaso sanitário, 16,60%colocava no lixo, 4,20% guardava para usar outra vez, 4,20% dava aos vizinhos/amigos/parentes e 4,20% entregava em unidades coletoras. Ademais, 8,30% da população em estudo afirmou já ter recebido informações quanto ao descarte de medicamentos e apenas 16,70% relatou conhecer algum ponto de coleta de medicamentos em desuso. A ausência de informação e da correta orientação são os principais agravantes para o descarte inadequado de medicamentos. Sendo assim, há a necessidade do desenvolvimento de um plano de educação em saúde que auxilie a população idosa e que também sensibilize o poder público para a criação de políticas que desenvolvam e mantenham um projeto de descarte adequado de medicamentos de uso doméstico em busca da preservação da saúde física da população e do meio ambiente.