O número de idosos tem aumentado a cada ano o que leva o processo de velhice de uma questão privada a pública através de diversas problemáticas. Entre essas ressalta-se a necessidade de uma nova organização do morar e cuidado referente ao idoso. Dentro desse contexto, a opção por instituições de longa permanências (ILPIs) são frequentes. Entretanto, entende-se que o idoso possui alta demanda por medicamentos devido principalmente às doenças crônicas não transmissíveis. Essa ação caracteriza o surgimento das polifarmárcias. E a consequente utilização desses medicamentos deve ser constantemente monitorada, pois fatores de risco como comprometimento das funções fisiológicas, número de fármacos empregados e medicamentos contraindicados a pacientes geriátricos podem precipitar problemas relacionados a medicamentos e beneficiar ou prejudicar a farmacoterapia. Então, para embasar direta ou indiretamente a intervenção dos profissionais de saúde, estudos posteriores e promoção do uso racional de medicamentos, realizou-se a avaliação do perfil do uso de medicamentos em idosos residentes na instituição de longa permanência Casa do Idoso Vó Filomena – Cuité/PB. Os dados foram coletados no mês de janeiro de 2017. Dentre os 23 prontuários avaliados dos idosos residentes, 69,57% eram de mulheres. 21 idosos faziam uso de algum fármaco durante a pesquisa, em um total de 80 medicamentos, com uma média de 3,81 medicamentos/idoso. Cerca de 90% desses idosos utilizavam medicamentos de uso contínuo. Os medicamentos que atuam no sistema nervoso central foram os mais utilizados entre os idosos. Com o referido estudo percebeu-se a necessidade de ter um farmacêutico para avaliar a famacoterapia prescrita aos residentes, identificar os problemas relacionados aos medicamentos e estabelecer medidas que minimizem a sua ocorrência, contribuindo, portanto para a efetividade do tratamento e melhora no bem-estar desses idosos.