A população mundial vem apresentando um aumento considerável no número de idosos. As alterações apresentadas pelos mesmos confrontam-se com uma sociedade geralmente discriminatória e que têm estes como seres impotentes, incapacitados e sem atração, fato que reflete sobre a qualidade de vida dos idosos. Tornando de extrema importância a implementação de ações estratégicas, pelos profissionais e acadêmicos da área de saúde, que venham a melhorar a qualidade de vida dos idosos. Nesse sentido, as ações educativas desenvolvidas com grupos de idosos tornam-se uma estratégia para o conhecimento de como eles lidam com o processo de envelhecimento. A autoestima diz respeito a um sentimento em que o indivíduo desenvolve apreço, valorização, confiança diante de si mesmo, relacionada ao convívio estabelecido pelo indivíduo socialmente e com seus familiares, a presença de doenças físicas ou psicológicas, sendo um importante fator contribuinte para o bem-estar psicológico do indivíduo e satisfação com a vida. Dada a relevância em promover um envelhecimento ativo e saudável, visando autoconhecimento e autocuidado entre idosos, bem como fortalecimento da autonomia e prevenção de doenças e acidentes, e na perspectiva de indicar a relação entre os três pilares constituintes da universidade, ensino, pesquisa e extensão, o objetivo deste trabalho é relatar à experiência de acadêmicas durante a realização de uma intervenção direcionada a discussão sobre a autoestima em idosos. O presente trabalho então trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência construído a partir da vivência com idosos participantes do projeto “Educação em Saúde: promovendo o envelhecimento ativo e saudável entre idosos beneficiados por um programa habitacional” de uma universidade federal do alto sertão paraibano durante a realização de uma intervenção voltada a observar a autoestima apresentada pelos idosos e discutir com eles acerca do tema. As acadêmicas iniciaram a apresentação a partir da seguinte pergunta: “O que é autoestima para vocês?”, de forma a obter o conhecimento que eles apresentavam acerca do tema e objetivando iniciar a discussão com os idosos. À medida que a equipe do projeto explanava o tema, os idosos participavam trazendo suas vivências pessoais. A equipe do projeto evidenciou as conseqüências decorrentes de uma baixa autoestima apresentada pelos idosos, como o desenvolvimento de problemas psicológicos (depressão, por exemplo), isolamento, distúrbios alimentares, autodesvalorização, agravamento das doenças presentes, dentre outros. Foi ainda salientado pelas discentes a importância de lidar bem com o processo de envelhecimento de maneira a vê-lo como algo inerente ao processo de desenvolvimento humano e como uma fase da vida oportuna e que pode ser promissora a depender da forma como é enfrentada e o fato de lidar de forma satisfatória com o envelhecer está associado à presença de uma autoestima sempre elevada e concomitante fortalecimento da autoconfiança, apresentação de uma adequada saúde mental, bem-estar e qualidade de vida. Portanto, observa-se a importância na realização de mais intervenções como esta que tenham por objetivo afirmar as potencialidades dos idosos de forma a aumentar a motivação e, consequentemente, a autoestima apresentada por eles.