INTRODUÇÃO: É esperado para 2025, que o número de idosos alcance 34 milhões na faixa etária acima de 80 anos e que a institucionalização chegue a 0,8% da população idosa, um dos principais fatores que contribuem para o aumento das fragilidades, das incapacidades físicas e funcionais desse grupo etário. Alguns instrumentos que podem ser utilizados para avaliação do estado saúde desse idoso institucionalizado são: o Mini Exame do Estado Mental (MEEM), teste cognitivo que possibilita uma avaliação concisa do estado mental; a Escala de Depressão Geriátrica (GDS) utilizada na detecção de depressão no idoso. E o Índice de Barthel usado para avaliação das atividades da vida diária (AVDs) e mede a independência funcional. OBJETIVO: Relatar a experiência de uma acadêmica de Enfermagem vivenciada na aplicação de três escalas de avaliação do estado de saúde do idoso num campo de prática da disciplina de Intervenção e Gerenciamento de Enfermagem no Processo Saúde-Doença da Pessoa Adulta e Idosa I, do 5º período do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido no contexto de uma das atividades práticas supervisionadas (APS) em uma Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) em Maceió-AL no período de Fevereiro a Março de 2017 na qual foi realizada primeiramente uma consulta de enfermagem e posteriormente foram aplicadas as seguintes escalas de avaliação do estado de saúde do idoso: o Mini Exame do Estado Mental (MEEM), a Escala de Depressão Geriátrica (GDS) e a Escala de Barthel. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na avaliação de sintomas depressivos, a pontuação alcançada foi de 21, sugerindo quadro de depressão grave para GDS de 30 itens. Por meio da avaliação da capacidade funcional, o score foi de 35, classificada como dependente grave. E na avaliação cognitiva, considerando que a residente possui o ensino fundamental incompleto, alcançou 21 pontos, a mesma apresentou dificuldades referentes à memória, de cálculo e de habilidade construcional. Percebeu-se que os idosos institucionalizados apresentam menor desempenho cognitivo o que leva ao comprometimento das habilidades funcionais e com isso, aumento da depressão em relação a idosos que vivem em sociedade devido principalmente a solidão e também ao abandono dos familiares. É notória a influência do estado cognitivo na depressão e nas atividades funcionais de vida diária. Tornando-se importante o desenvolvimento de políticas de saúde preventivas para os idosos e orientações adequadas para seus cuidadores, a fim de auxiliar o processo de envelhecimento saudável. CONCLUSÃO: Nessa perspectiva, a atuação da Enfermagem por meio da aplicabilidade desses instrumentos de avaliação do estado de saúde do idoso, é essencial para detectar fatores de declínio da capacidade funcional, cognitiva e da saúde mental do idoso, visto que direcionam o planejamento de ações de cuidados tanto no âmbito da prevenção de agravos à saúde quanto no de reabilitação. Com isso, os usos das referidas escalas contribuem para o estabelecimento do diagnóstico e prognóstico em idosos, subsidiando a escolha adequada de intervenções e terapêuticas.