Introdução: A úlcera venosa é a manifestação clínica mais grave da insuficiência venosa crônica (IVC), e a mais frequente das úlceras em membros inferiores. Pacientes portadores dessa enfermidade podem conviver com essa situação por anos se o tratamento não for adequado. A maior incidência de úlceras vasculogênicas, ocorre na população idosa, especialmente naquelas que possuem atividades que ficam muito tempo em pé ou sentada, e também devido a maior possibilidade de traumas ou quedas, além da diminuição da atividade física em razão da idade. Caso a pessoa seja usuária de álcool ou tabaco, o risco torna-se ainda mais elevado1. A assistência a ser prestada às pessoas com úlceras vasculares fundamenta-se em prevenção, tratamento, recuperação da saúde, mediante a utilização de todos os recursos técnico-científicos disponíveis, sempre pautado em conhecimento científico e aliada à vivência da equipe multiprofissional de saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado num Hospital público de alta complexidade de Maceió/AL com o objetivo de descrever o acompanhamento de uma paciente idosa com úlcera venosa nos membros inferiores atendida por uma Comissão de Pesquisa, Prevenção e Tratamento de Feridas (CPPTF). Resultados e discussão: Z.A.S., idosa, 85 anos, vivendo com hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e insuficiência venosa crônica. Apresentando úlcera venosa estágio II há aproximadamente 3 anos foi admitida na CPPTF no dia 13/07/2016, para acompanhamento e avaliação da lesão, a qual apresentou mensuração inicial de 8,0 x 10 cm (comprimento e largura) em seus maiores diâmetros, localizada em maléolo lateral do membro inferior direito, com predominância de tecido de granulação no leito da ferida, pele perilesional ressecada e linfedema grau 3. Os curativos foram realizados diariamente, sendo que 2 vezes por semana era avaliada pela equipe da CPPTF e nos demais dias o curativo era realizado pela enfermeira do abrigo de idosos onde a paciente reside. Após 7 meses de tratamento recebe alta por cura e é orientada a dar continuidade ao tratamento com médico vascular, o qual prescreveu medicação e meias de média compressão (20-30 mmHg). Conclusão: O estudo possibilitou acompanhar uma idosa com úlcera venosa há aproximadamente 03 anos, onde foi evidenciado íntima relação da hipertensão venosa crônica com o surgimento de úlcera venosa. De acordo com estudos, foi implementado no tratamento da paciente a combinação de diversas modalidades terapêuticas, como: a utilização de faixa elástica compressiva, repouso, elevação dos membros, limpeza da ferida e orientações para o autocuidado. Bibliografia: 1. Geovanini T. Tratado de feridas e curativos: enfoque multiprofissional. São paulo: Rideel, 2014.