Resumo Objetivo: Analisar o efeito da dor, rigidez articular, comprometimento funcional e osteoartrite de joelho OA sobre a qualidade do sono de idosas. Método: Sessenta e cinco idosas foram avaliadas pelo índice de qualidade do sono de Pittsburgh (PSQI) e o questionário Western Ontario and McMaster Universities Index of Osteoarthritis (WOMAC). A amostra foi dividida, inicialmente, em grupo com OA (GOA, n = 43) e sem OA (GC, n = 22), baseado nos critérios radiográficos de Kellgren e Lawrence. Posteriormente, apenas as idosas do GOA foram alocadas em quatro grupos com base no escore total do WOMAC e seguindo a sugestão de divisão da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) da seguinte forma: GN (nenhum comprometimento), GL (comprometimento leve), GM (comprometimento moderado) e GS (comprometimento severo). Todas as idosas, independentemente do diagnóstico radiográfico de OA de joelho, foram alocadas e analisadas da mesma forma pelos valores de corte da CIF. Resultados: Ao dividirmos os grupos pela radiografia, não observamos diferenças significativas para o PSQI e domínios do WOMAC. Entretanto quando a mesma amostra foi dividida pelo comprometimento álgico-funcional, obtivemos diferença significativa no componente “disfunção diurna” do questionário PSQI (p < 0,05) para os grupos GL e GS, além de diferenças significativas para os domínios do questionário WOMAC (ambos com p < 0,001). Conclusões: Distúrbios de sono não foram influenciados pelo grau radiográfico da OA, entretanto, a qualidade do sono mostrou-se diferente diante de condições dolorosas e de comprometimento funcional, principalmente à medida em que os sintomas se agravaram.