Introdução: No Brasil, a mortalidade relacionada à diabetes corresponde a 5,2% em indivíduos de todas as camadas socioeconômicas, e de forma mais intensa, a população de baixa renda e escolaridade, e os idosos. As complicações procedem da falta de conhecimento e esclarecimentos dos portadores. Vale ressaltar que as complicações crônicas mais comuns são as doenças cardiovasculares, a retinopatia, nefropatia, dermopatia e neuropatia diabética (sendo esta última periférica e autônoma), além das vasculares periféricas. Nesse contexto, a prevenção e o tratamento deverão está embasados em um rigoroso programa de educação continuada voltado ao portador da patologia e ao cuidador do mesmo, com a finalidade de prevenir o surgimento das lesões, recidivas ou novas incidências, devendo ser informado sobre o uso de calçados apropriados com o intuito de diminuir a pressão exercida pelo peso do corpo; revascularização; tratamento da hipertensão arterial, da dislipidemia e controle do tabagismo, caso haja manutenção dos níveis de glicemia adequados é possível controlá-la. Objetivos: averiguar a percepção de diabéticos acerca dos cuidados realizados para a prevenção de lesões nos membros inferiores. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa exploratória descritiva, com abordagem quantitativa, desenvolvida na clínica cirúrgica ala B e no ambulatório do Hospital Universitário Lauro Wanderley/UFPB, em João Pessoa - PB. Na coleta dos dados utilizou-se uma entrevista semi-estruturada com questões objetivas e subjetivas. A população foi composta por pacientes que se encontravam internados na Clínica cirúrgica do Hospital e os que procuraram o serviço do ambulatório para a consulta com médico vascular da mesma instituição, e a amostra foi constituída por 20 portadores de Diabetes Melittus, sendo 5 procedentes do ambulatório e 15 internos na Clínica cirúrgica que se encontravam acamados para tratamento das lesões nos membros inferiores. Os dados foram coletados de julho a setembro de 2011. Resultados e Discussões: Considerando os resultados sobre o sexo, prevaleceu o masculino com 11(55%) dos entrevistados. No tocante a faixa etária de maior predomínio encontrou-se acima de 60 anos com 11 (55%) dos participantes, seguido da idade de 55 a 60 anos com 5 (25%) dos entrevistados. As respostas dos participantes relacionadas aos cuidados com os membros inferiores, dentre as mais citadas foram: inspeção diária dos pés 24,4% e andar sempre calçado 21,9%. Apenas 17,7% cortam as unhas corretamente e 19,5% deixam o pé sem umidade após a secagem. Conclusão: Ressaltamos a importância deste estudo quanto ao papel do profissional de saúde nas orientações do paciente diabético. Por isso é relevante direcionamento dos cuidados aos diabéticos, principalmente aos idosos que são maioria conforme essa pesquisa, evitando e, ou retardando o surgimento de complicações, principalmente o pé diabético.