Dentre as doenças crônico-degenerativas, uma das preocupações trazida pelo envelhecimento é a demência,(1) especialmente a doença de Alzheimer, prevalente em 10% da população com mais de 65 anos, sendo que aos 85 anos ou mais esta taxa sobe para 47,2%. Trata-se de doença neurológica progressiva e irreversível, caracterizada por perdas graduais da função cognitiva e distúrbios do comportamento e do afeto, não sendo facilmente diagnosticada. As alterações fisiológicas e biológicas no idoso exigem participação e ajuda dos familiares e/ou dos cuidadores. Os cuidadores se deparam com numerosos fatores, que incluem a aceitação do diagnóstico, lidar com um stress cada vez maior, administrar o conflito dentro da família e planejar o futuro. Com isso, o cuidador ficará vulnerável a doenças físicas, depressão, perda de peso, insônia, a abusar física e verbalmente do paciente, de álcool e de medicamentos psicotrópicos(3). Sendo assim, faz-se necessário investigar melhor os fatores que contribuem para a qualidade de vida dos cuidadores de idosos com Doença de Alzheimer. Esta é uma pesquisa observacional do tipo estudo de caso descritivo e qualitativo, onde se pretende identificar e analisar a perspectiva de um cuidador diante da doença de Alzheimer. Como instrumento, utilizou-se a aplicação de um questionário sobre a avaliação da sobrecarga dos cuidadores (ZaritBurden Interview), levando em consideração os questionamentos subjetivos. O estudo foi realizado com uma cuidadora do sexo feminino, casada, sem vínculo familiar com a idosa, prestadora de cuidados formal (formada em cuidadora de idosos). Ao realizar este estudo, podemos concluir que o cuidar de um portador da Doença de Alzheimer é desgastante fisicamente e emocionalmente, tanto para o cuidador formal e informal, pois exige o continuo uso da paciência, dedicação e compreensão ao longo do percurso, se configurando assim, em um grande desafio.