O aumento da expectativa de vida das populações urbanas em Alagoas como em outras cidades brasileiras e no mundo impacta na elaboração de projetos para a cidade, a arquitetura, os ambientes internos e respectivos mobiliários, exigindo na formação acadêmica pesquisas, debates das experiências e abordagens projetuais voltadas a população idosa. Percebe-se na Universidade a crescente demanda de Trabalhos Finais de Graduação (TFGs), nos cursos de Arquitetura e Urbanismo e de Design, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), em Maceió, Alagoas, sobre espaços físicos para o idoso. E, a necessidade de discussão sobre o envelhecimento numa perspectiva mais ampla, cabendo seus aspectos positivos, as limitações físicas, as questões socioeconômicas, o imaginário sobre a velhice, a institucionalização do idoso e a regulamentação pelo Estado para que ele exista como cidadão como realidade. O objetivo deste relato é apresentar, a partir dos TFGs, como os cursos de Arquitetura e Urbanismo e de Design da FAU/UFAL, em Maceió (AL), tem contribuído para as discussões e o aprimoramento de soluções espaciais para o idoso, nesses campos de saber. Espera-se ampliar o debate com outros profissionais, e contribuir com novo olhar para o ensino e os processos projetuais que atendam as demandas da população. Os condicionantes dos projetos fundamentam-se nas legislações edilícias e urbanísticas como regra geral, mas é na ergonomia e no desenho universal que encontram maior respaldo. As referências de modos de morar e conviver encontram-se mais em exemplos nacionais e internacionais especialmente as que valorizam o idoso no núcleo familiar e na sociedade. Esse estudo consta de pesquisa referencial sobre o idoso e o envelhecimento em publicações diversificadas e levantamento cadastral dos TFGs da FAU/UFAL, no período de 1991 a 2017. Os trabalhos foram agrupados por área de conhecimento e abordagem direta e indireta de promoção ou reflexão sobre o espaço para idosos. Buscou-se relacionar o período de aprovação do TFG ao contexto sócio-político-legal, observando a influência e a relação entre os temas de TFGs e o panorama nacional. A coleta de informações abrangeu conversas com discentes sobre as motivações e as dificuldades para a escolha do tema e no processo de elaboração do TFG. Como resultados, dentre os 44 TFGs, no referido período, a maior demanda foi na área de Projeto Arquitetônico (25), porém, a partir dos Estatutos da Cidade (2001) e do Idoso (2003) e da realização do Plano Diretor Participativo de Maceió (2005), iniciaram outras demandas urbanísticas, paisagísticas, de conforto e de design. Portanto, há necessidade de mais docentes se envolverem para enfrentar didática e pedagogicamente na orientação e avaliação dessa temática; trocar experiências com profissionais de outras áreas para ampliar a visão sobre o envelhecimento na sociedade contemporânea; e contribuir na melhoria espacial, ergonômica e para o conforto ambiental e a acessibilidade dos idosos. Porém, afirma-se que as ações projetuais em Arquitetura e Urbanismo e em Design não são suficientes para dar conta da complexidade inter e transdisciplinar que exige o envelhecimento ativo, saudável e sustentável
Palavras chave: Envelhecimento, Arquitetura e Urbanismo, Design.