O termo Atenção Domiciliar(SAD) define-se como um conjunto de ações integradas e articuladas de promoção à saúde, prevenção, tratamento e reabilitação de doenças tratadas em domicílio. Constitui-se como uma nova modalidade de atenção à saúde que reorganiza o processo de trabalho das equipes, podendo ser na atenção primária, secundária e terciária.O SAD é um serviço de ação complementar e até substitutiva aos demais serviços hospitalares e ambulatoriais, podendo ser independente pela Estratégia Saúde da Família. Com isso, os objetivos de intervenção serão eleitos e interpelados pela equipe, que se subdivide em Equipe Multiprofissional de Atenção à Saúde e a Equipe Multiprofissional de Apoio.Este estudo tem como objetivo apresentar um relato de caso para descrever a atuação fisioterapêutica numa Equipe Multiprofissional de Apoio. Este trabalho se justifica, pois, o SAD atua com pessoas que têm alguma dificuldade ou impossibilidade de comparecerem a um serviço de saúde por motivo de doença aguda ou crônica, seja de ordem temporária ou definitiva. No caso relatado neste trabalho, a paciente apresenta uma limitação temporária, no entanto, o atendimento domiciliar torna-se recomendável por se tratar de pós-operatório de fratura de fêmur e existir um alto índice de mortalidade e perda funcional importante relacionados a quadros clínicos semelhantes. Metodologia:Este estudo descreve o caso de uma paciente de 76 anos de idade, sexo feminino, viúva, pós-operatório osteossíntese fêmur esquerdo. Incluída no Serviço Atenção Domiciliar – SAD do Hospital de Aeronáutica de Canoas-RS, pela modalidade AD2, com o objetivo temporário. Recebeu as visitas do Médico, Assistente Social, Fisioterapeuta, Nutricionista, Psicólogo, Farmacêutico e Terapeuta Ocupacional. Discussão e Resultados:A fratura do fêmur é a principal causa de morbidade, institucionalização e mortalidade em idosos. Sua incidência mundial deverá aumentar de 1,7 milhões de pessoas em 1990 para cerca de 6,3 milhões em 2050. A mortalidade é estimada em 24% até 12 meses após a fratura de quadril. Além disso, um número significativo desses pacientes não retorna ao estado funcional pré-fratura. Em um ano de pós-operatório, menos de 50% dos sobreviventes podem andar sem ajuda, e apenas 40% podem realizar atividades de vida diária independentes.Através da Medida de Independência Funcional – MIF, instrumento de avaliação da incapacidade de pacientes com restrições funcionais de origem variada, apresentou um grau elevado de dependência a cuidados pessoais, controle de esfíncter, mobilidade/transferência, locomoção.Foram realizadas atividades de cinesioterapia com exercícios isométricos e treinamento com o andador.Conclusão:A Equipe Multiprofissional de Apoio foi essencial para a reabilitação. No relato do caso é possível concluir que o atendimento fisioterápico e as orientações prestadas ao cuidador sobre atividades da vida diária, auxiliaram na manutenção ou recuperação motora desta paciente. Orientações sobre os posicionamentos da paciente e movimentos simples que evitam o aparecimento de deformidades ou outras complicações, e também, o envolvimento de familiares e do cuidador no processo de suporte possibilitou a continuidade do tratamento da paciente em nível ambulatorial.