Introdução: Tendências recentes da epidemia da aids vêm colocando um novo grupo etário em destaque na discussão de vulnerabilidade: os idosos. A Aids na população idosa, nos últimos anos, vem chamando a atenção das equipes de saúde devido ao impacto que a doença exerce nesses indivíduos. Dessa forma o crescente aumento da incidência do HIV/Aids em idosos vem emergindo desafios para o Brasil no sentido de estabelecimento de políticas públicas e estratégias que garantam o alcance das medidas preventivas e a melhoria da qualidade de vida dessa população. Objetivos: Identificar os fatores associados à vulnerabilidade de idosos a infecção pelo HIV/Aids. Metodologia: Empregou-se para o estudo uma revisão sistemática da literatura através de sites, tendo como principais indexadores SciELO, BIREME, LILACS. A abrangência dos estudos foi definida no período de 2007 á 2012, utilizando como descritores Síndrome da Imunodeficiência Humana, idosos e vulnerabilidade. Todas as buscas (SciELO/BIREME/LILACS) foram realizadas no período de Abril de 2013 e a seleção de artigos foi de conformidade com o assunto proposto, sendo selecionados, portanto 22 artigos. Resultados: O envelhecimento é considerado como um processo dinâmico, não patológico, irreversível, no qual ocorrem progressivas modificações biológicas, psicológicas e sociais ao longo da vida do seu humano. No entanto leva o indivíduo a um a decréscimo na sua capacidade funcional, contribuindo assim para um aumento da suscetibilidade e vulnerabilidade a doenças. Os fatores associados à vulnerabilidade de idosos ao HIV/Aids tem sido relacionada a invisibilidade do sexo na velhice levando assim, a carência de uma abordagem da sexualidade e sobre a prática do sexo seguro nessa faixa etária; outro fator relacionado é o aumento do acesso aos medicamentos para disfunção eréteis garantindo ao idoso um maior desempenho na relação sexual sem necessariamente está relacionado ao sexo seguro. A pequena adesão de homens idosos ao preservativo masculino; a falta de conhecimento sobre as formas de transmissão da doença; o baixo grau de escolaridade e retardamento de políticas e estratégias de prevenção direcionadas a este grupo etário, também tem sido relacionada à vulnerabilidade da população idosa a infecção pelo HIV/Aids. Conclusão: Conclui-se a necessidade de uma abordagem integral ao idoso reconhecendo este com sexualmente ativo e dessa forma vulnerável a Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids. A implementação de ações assistenciais e preventivas e capacitação de profissionais de saúde se torna crucial no contexto da atenção a saúde do idoso a fim de melhorar a qualidade de vida desta população.