A extensão rural possui um objetivo de natureza abrangente, sendo este o de melhorar as condições de vida dos camponeses com o uso de tecnologias já utilizadas por outros produtores, e em especial aquelas desenvolvidas nos centros de pesquisa e testados nas estações experimentais. Assim, o presente trabalho tem como objetivo é a utilização de metodologias participativas, na construção do saber, referente às problemáticas ambientais vividas pelos agricultores familiares do Assentamento Trangola, na região do Seridó do Rio Grande do Norte, área em acelerado processo de degradação. Para tanto, foram realizadas visitas mensais, onde foram promovidos encontros entre discentes e docentes do curso de Engenharia Florestal com os assentados, envolvendo homens e mulheres de todas as faixas etárias. Foram realizadas palestras expositivas e rodas de conversa, buscando utilizar da experiência científica e tecnológica como recurso direto no desenvolvimento sustentável da região semiárida; bem como ida ao campo para coleta de sementes florestais de espécies nativas na Caatinga, com intuito de produção de mudas e armazenamento de sementes, onde propomos a criação de um banco ou casa de sementes comunitária, buscando com isso proporcionar troca de sementes com outras comunidades, aumento da diversidade de espécies e também uma possível comercialização das sementes, podendo assim representar uma alternativa de fonte de renda para a região semiárida. Com os encontros, pudemos perceber que a maioria dos assentados se mostraram bastantes interessados com as temáticas tratadas, visto que várias intervenções foram feitas, como também sentimos aceitação por parte dos mesmos em relação as propostas que fizemos. As idas ao campo foram os momentos que proporcionaram maiores trocas de experiências e saberes, onde conhecemos a área que vivem, e que alguns nasceram e cresceram, como também compreendemos melhor a realidade e identidade da comunidade, através de relatos da história de vida deles e seus costumes.