Introdução: O envelhecimento constitui um processo multifacetado, sendo no trabalho em questão observado a partir de dois elementos: os intrínsecos que seriam as mudanças biológicas do corpo, e aqueles que são relacionados à influência da ordem sociocultural; que dependem das características de cada individuo, das politicas públicas vigentes da sociedade e da dinâmica social. A partir da revisão de literatura empreendida buscaremos observar como o idoso encara o processo de envelhecimento corporal e quais as representações dos sujeitos sociais acerca do corpo do idoso. Objetivo: Construir uma compreensão da corporeidade a partir do referencial teórico das Ciências humanas e das Ciências da Saúde, com vistas a pensar acerca do lugar social e simbólico que o corpo do idoso assume. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática de caráter qualitativo utilizando livros e artigos completos publicados no período de 2001 a 2012. Foram utilizados os descritores “envelhecimento”, “corporeidade”, “ciências da saúde” e “ciências humanas” em conjunto nas bases de dados LILACS e SCIELO. Foram incluídos artigos que abordassem as mudanças que acontecem no corpo do idoso e o que estas afetam nas representações sociais e consequentemente, no atendimento de saúde quando necessário e foram excluídos artigos que abordassem o idoso em uma visão redutora, que não o perceba em suas dimensões (social, biológica e psicológica). Resultados: Dos artigos selecionados datando dos anos de 2001 a 2012 utilizando os descritores “envelhecimento”, “corporeidade”, “ciências da saúde” e “ciências humanas”, observou-se que o idoso ao sair do lugar de cuidador e assumir um lugar de dependência que remete a passividade, experimenta com esse deslocamento sentimentos de frustração e inutilidade, gerando a redução da sua qualidade de vida, isolamento, diminuição e desgaste. Pensando as representações dos sujeitos sociais acerca do envelhecimento, percebe-se a construção de estereótipos negativos, gerando muitas vezes o preconceito e consequentemente tende a exclui-lo. Não basta apenas fazer com que o idoso viva mais, é necessário que ele viva melhor. É importante que ele vislumbre o envelhecimento de forma positiva, se veja e se sinta visto como alguém ativo, que tem grande experiência e vivência para ensinar as novas gerações. Conclusão: No âmbito das ciências de saúde devem ser incluídas ações de proteção e promoção do envelhecimento ativo e saudável, assim como também intensidade dos equipamentos de cuidados e atenção médica. O conceito de saúde para o indivíduo idoso se traduz mais pela sua condição de autonomia e independência que pela presença ou ausência de doença orgânica (BRASIL, 2006). Sendo assim, a atenção à saúde do idoso vista de modo integrada e interdisciplinar se faz necessário no âmbito das ciências da saúde.