INTRODUÇÃO: O crescente envelhecimento populacional brasileiro e mundial reflete a necessidade da maximização da integralidade do cuidado ao idoso, principalmente pela elevada carga de doenças crônicas, exigindo elementos de atenção à saúde que proporcionem o auto-cuidado, a prevenção de agravos, a qualificação de cuidadores e profissionais de saúde, assim como a eficácia dos programas e serviços. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), considerada um dos problemas de saúde pública mais frequentes no mundo, contribui para modificações na qualidade de vida dos idosos acometidos, sobretudo quando é considerada a sua potencialidade para ocasionar outras doenças. A elevada incidência de HAS pode ser associada ao estilo de vida da população, predispondo o idoso a fatores de risco como a alimentação inadequada, sedentarismo, tabagismo, consumo de álcool e estresse, os quais são influenciam diretamente na etiologia da doença. OBJETIVO: investigar os fatores de risco para HAS e sua repercussão na população idosa, a partir de uma revisão sistemática da literatura. METODOLOGIA: Consta de uma revisão sistemática da literatura realizada nos meses de março e abril de 2013, no grupo de estudos sobre a qualidade de vida de pacientes com diabetes e hipertensão (UFCG Campus Cuité). A coleta de dados foi realizada a partir da busca de publicações pertinentes ao tema e conforme os critérios de seleção: estudo publicado entre os anos 2007 a 2012, em língua portuguesa, na modalidade de artigo científico e disponibilizado nas bases de dados SciELO, BDENF ou LILACS. As publicações localizadas a partir dos descritores “Fatores de risco”, “Hipertensão Arterial Sistêmica” e “Idoso” totalizaram 36 artigos, contudo, apenas 05 atendiam aos objetivos. Os resultados foram analisados com base no enfoque descritivo. RESULTADOS: Os estudos revelaram que pouco ou nada pode ser feito para controlar os fatores não-modificáveis da HAS, mesmo ela apresentando forte componente familiar e afetando mais intensamente os homens, negros e idosos; que a prevalência de HAS em idosos, é superior a 50% no número de idosos no Brasil; que existe a possibilidade de intervenção quanto aos fatores de risco modificáveis, como a obesidade, vida sedentária, alimentação não balanceada através da modificação no estilo de vida; que o sedentarismo pode ser atribuído, em parte, à inexistência de uma cultura e meios incentivadores aos exercícios, sendo os seus benefícios determinantes no sucesso na prevenção da HAS em idosos com níveis pressóricos normais e na redução desta em hipertensos; e que os hábitos alimentares inadequados relacionados principalmente ao consumo de alimentos insalubres como o excesso de sal e carne vermelha são mencionados como contribuintes para a elevação da pressão arterial, considerando chave para a instalação de doenças cardiovasculares e associação a HAS. CONCLUSÃO: Exige-se, portanto, que modificações no estilo de vida sejam instigadas a todos os pacientes hipertensos, durante todo o curso da vida. Para tanto, percebe-se que a educação em saúde é uma alternativa fundamental para conduzir esses idosos a essas mudanças, para a prevenção e/ou controle dos fatores de risco da HAS, utilizando-se basicamente de hábitos e atitudes saudáveis.