Os cuidadores informais de idosos são familiares que assumem a função de prestar assistência ao idoso dependente, porém ao desempenhá-la geralmente estas somam-se às atividades diárias, tornando o cuidador sobrecarregado, acarretando ainda em alterações sociais, emocionais e físicas na vida deste cuidador. Por esse motivo, surgiu o interesse pela realização do presente estudo que se preocupa com o cuidador, tendo como ponto de partida a análise das situações as quais este indivíduo está exposto. Objetivo: diante do exposto, a presente pesquisa buscou analisar o impacto do cuidar na vida do cuidador informal de idosos, bem como traçar o perfil sociodemográfico desta população e identificar os desgastes físicos, emocionais e sociais decorrentes do desempenho das atividades do cuidar do idoso. Metodologia: caracteriza-se como uma pesquisa de campo, de abordagem quantitativa, do tipo exploratório-descritivo cuja amostra foi composta por 30 cuidadores informais de idosos selecionados através dos idosos existentes na área de abrangência das unidades de saúde da família (USF´s) de Cabedelo/PB. A coleta de dados foi realizada através da aplicação de questionário, dividido em duas etapas: a primeira contém dados sociodemográficos e a segunda corresponde ao impacto à vida do cuidador. Resultados: verificou-se predominância do sexo feminino, com faixa etária prevalente dos 41-50 anos, correspondendo a 30% (n=9), sendo a maioria filhas ou esposas do idoso cuidado. Quanto à escolaridade, a maioria concluiu ensino médio 26,7% (n=8), porém 20% (n= 6) são analfabetas. Dos cuidadores entrevistados 83,3% fixam residência com o idoso e 90% (n=27) prestam cuidados a menos de um ano, sendo que 60% (n=18) assumem os cuidados por opção e 50% (n=15) dividem as responsabilidades das atividades referentes ao cuidar. No que se refere aos sentimentos negativos com relação ao cuidar destacaram-se, preocupação (83,3%), cansaço (70%), estresse (60%), sobrecarga (56,7%), nervosismo (43,3%). Já os sentimentos positivos apontados foram satisfação (80%), bem-estar (40%), orgulho (26,7). Com relação às atribuições de trabalho, 76,7% (n=23) desempenham tarefas domésticas e 23,3% (n=7) tem trabalho formal, 16,7% (n=5) já precisaram se afastar do trabalho e 83,3 (n=25) nunca se afastaram. Entre as atividades desenvolvidas pelos cuidadores, destacam-se 96,7% para preparo da alimentação, 93,3% higienização, 93,3 vigilância, 83,3% escuta. Porém em sua grande maioria 73,3% (n=22) relatou não ter atividade de lazer. Quanto às repercussões físicas do cuidar, 70% (n=21) apresentam desgaste físico, 73,3% (n=22) referem dor com prevalência de 53,3% na coluna, 40% nas pernas. Conclusão: este estudo mostra a necessidade de desperta nos acadêmicos e profissionais de saúde, a importância de se desenvolver estratégias de atenção à saúde do idoso assim como do seu cuidador informal, já que o mesmo é responsável pelo bem-estar deste idoso e que por muitas vezes anula o seu devido as responsabilidades acumuladas, visando desenvolver as suas atividades como cuidador. É de suma importância que os fisioterapeutas que prestam assistência ao idoso criem estratégias que promovam a sua independência, como também sempre que possível oriente os prestadores de cuidado, visando assim minimizar as sobrecargas oriundas do cuidar, prevenindo complicações futuras à saúde do cuidador informal de idosos.