Introdução: O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial que se apresenta impulsionado no século XXI e que adquire características peculiares em nosso país. Dada à velocidade com que vem se instalando, origina questões como: a qualidade de vida associada às formas de atenção voltadas grupo idoso, a estrutura do país para fornecer cobertura previdenciária a esta classe economicamente inativa, a aceitação da sociedade, entre outras. Existe uma heterogeneidade na população idosa, seja em termos etários, de gênero, socioeconômicas, de autonomia para a vida social, conduzindo demandas diferenciadas. A tendência é o aumento do consumo por serviços de saúde, serviços sociais e previdenciários. Dessa forma, fica implícita a necessidade dos profissionais realizarem ações que tenham como meta uma atenção à saúde adequada e digna, principalmente para aquela parcela da população idosa que teve por diversas razões um processo de envelhecimento marcado por doenças e agravos que impõe limitações a sua qualidade de vida. Objetivo: conhecer as ações e serviços prestados ao público idoso em Unidades Básicas de Saúde da Estratégia Saúde da Família (ESF) de Campina Grande – PB. Metodologia: Fora utilizado um formulário semiestruturado de abordagem qualitativa e quantitativa direcionado aos profissionais enfermeiros. Quanto à tipologia, o estudo é transversal, exploratório e descritivo. O estudo ocorreu em 35 Unidades Básicas de Saúde da Família da zona urbana do município de Campina Grande, que possui um total de 94 Unidades implantadas. Resultados: Dos 35 participantes, todas eram do sexo feminino (100%). A maioria das enfermeiras (43%), afirma efetivar educação em saúde e 43% realizam visitas domiciliares. Um contingente de 28% têm grupos de HIPERDIA e/ou Saúde Mental, estruturado, porém confundindo-os com atendimento ao público idoso numa visão geral. São realizadas atividades físicas com idosos em 8% das unidades da ESF avaliadas e apenas 3% realiza terapia comunitária. Foi verificado que em 20% das UBSFs não são concretizadas qualquer atividade específica direcionada ao público idoso. Unicamente 6% conduzem grupos de cuidadores e 20% descreve realizar apenas o atendimento clínico. Conclusão: A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI) tem o intuito de modificar a realidade vivenciada pelo envelhecimento no Brasil, visualizando a experiência do envelhecer de maneira integral e não mais patológica. No entanto, pouco se tem realizado pela ESF para que essa política de fato seja implantada e modifique essa realidade, isso está caracterizado no número de ações que as mesmas realizam, e que verdadeiramente são direcionadas ao público idoso. Ações que representam tanto um espaço de educação em saúde como uma fonte de estímulo, facilitando a criação de vínculos entre os profissionais de saúde e usuários. A inserção do idoso em atividades socioculturais é relevante para a manutenção da capacidade funcional, nesta fase da vida, quando os contatos interpessoais podem estar diminuindo. Dessa forma, a ESF, ocupa lugar de destaque, pois é um mecanismo indutor de equidade no cuidado em saúde e uma forma efetiva de se promover atendimento com resolutividade, participação social e qualidade de assistência.