Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. que objetivou realizar uma abordagem das publicações nacionais dos últimos cinco anos acerca do conhecimento produzido acerca da temática Resiliência e envelhecimento. A busca bibliográfica se deu através da consulta online de artigos indexados nas bases LILACS, SciELO e Google Acadêmico. Como critério de inclusão optou-se pelas obras disponíveis na íntegra, publicadas no idioma português entre o período de 2008 a 2012, utilizando-se a combinação dos descritores: resiliência; idoso; espiritualidade.. A coleta de dados foi realizada a partir de um questionário previamente estabelecido e a análise destes feita mediante a categorização temática de dois eixos. Um total de 15 obras fez parte da amostra. Dos 30 autores envolvidos nos estudos, apenas 2 (6,7%) atuam na área de enfermagem. Na categoria I, Resiliência e capacidade de adaptação na velhice, percebe-se que envelhecer bem requer um intenso trabalho psíquico e espiritual e um comportamento adaptativo eficaz objetivando promover novas estratégias para a compensação de perdas sofridas ao longo da vida. Em um estudo realizado em 2011, demonstra-se que as características sócio-demográficas apresentam influencia significativa sobre a resiliência. O autor afirma que, as mulheres idosas, bem como os idosos sem problemas de saúde graves possuem um grau de autoconfiança e capacidade de adaptação elevadas. Ao contrário do estudo citado acima, uma pesquisa realizada com 86 idosos revelou que a relação entre resiliência e as variáveis sócio-demográficas interferem de maneira singela nesse processo. Contudo, corroborando também com outros estudiosos, todos os estudos anteriormente mencionados, afirmam que os idosos pesquisados por eles conseguiram desenvolver a superação das adversidades que surgiram em suas vidas, demonstrando bons níveis de resiliência e adaptação no envelhecimento.A categoria II refere à qualidade de vida, destacando-a como um conceito que esta sendo reestruturado em novos paradigmas. A isso, soma-se a resiliência, que pode ser utilizada como instrumento para favorecer a saúde, por meio da prevenção e da minimização de agravos. Nessa perspectiva, desenvolveu-se uma pesquisa com 12 idosos participantes de um grupo de teatro, concluindo-se que tais sujeitos mostraram níveis de adaptação psicossocial e velhice positivos frente a eventos importantes. Complementa-se ainda que quanto maior o escore de afetos positivos, maior o escore de resiliência e qualidade de vida no envelhecimento. Já, outro estudo realizado com idosos portadores de deficiência física, revelou-se que os mesmos possuíam bons índices de ajustamento pessoal, indicando adaptação à deficiência. Assim, a resiliencialidade no idoso possibilita uma visão otimista da velhice, bem como de suas limitações e permite a ampliação da qualidade de vida para níveis altos. Observa-se que a enfermagem pouco tem contribuído para os estudos em resiliência na população idosa e que apesar das constantes evidências na influência desse processo para a promoção da saúde, prevenção de agravos e melhoria da qualidade de vida, as pesquisas na área ainda continuam escassas, sendo difícil precisar a resiliencialidade no idoso, na medida em que a maioria das investigações está relacionada com a resiliência infantil e os aspectos precoces que a constitui.