INTRODUÇÃO: O envelhecimento populacional é uma realidade mundial e nacional que vem sendo amplamente discutida, em virtude dos desafios e necessidades desse novo perfil populacional. Nesse contexto, surge o Estatuto do Idoso como instrumento de consolidação de princípios constitucionais, dentre eles, da igualdade e da justiça, contemplado aspectos importantes no que tange à dignidade e qualidade de vida do idoso. OBJETIVOS: Considerando a escassez de estudos envolvendo a referida temática e a importância de abordar os direitos do idoso, conferido pelo seu Estatuto, buscou-se investigar de que forma os direitos estabelecidos no Estatuto do Idoso são compreendidos e usufruídos pelos idosos pertencentes a um grupo da melhor idade no município de Cabedelo- PB. METODOLOGIA: Tratou-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, de abordagem quantitativa, envolvendo uma amostra de quinze idosos, tendo como critério para inclusão a capacidade funcional cognitiva e mental preservada a partir da aplicação prévia do Mine Exame do Estado Mental (MEEM). O instrumento de coleta de dados constou de um questionário envolvendo os principais itens contemplados no Estatuto do Idoso. Os dados foram tabulados e analisados estatisticamente. RESULTADOS: Verificou-se que a maioria 67% (10) diz conhecer o Estatuto do Idoso, porém poucos 20% (03), não sabem o ano em que o Estatuto foi aprovado. Quanto ao usufruto dos seus direitos, 67%(10) dizem que contam com atendimento preferencial quando utiliza o Sistema Único de Saúde, contando ainda com distribuição gratuita de remédios e com direito a acompanhante no período de internação. Desses, 80%(12) utilizam transporte coletivo gratuitamente e apenas 20%(03) não faz uso do mesmo, 93%(14) nunca sofreu algum tipo de discriminação, violência ou opressão, nem tampouco discriminação por idade na contratação de um emprego. Quanto ao acesso as operações bancárias, 87%(13) dos idosos referiram nunca ter sofrido dificuldade ou impedimento para execução desse procedimento. CONCLUSÕES: Concluiu-se que muitos dos idosos detém um conhecimento aparente sobre o Estatuto do Idoso, desconhecendo algumas áreas que deveriam ser beneficiados. Dessa forma, sugerem-se maiores iniciativas quanto à divulgação do Estatuto do Idoso a partir de campanhas educativas, propagandas e mobilizações que possam abranger o idoso, bem como a família e os cuidadores nos vários cenários existentes capazes de englobar a referida temática, na perspectiva de garantir dignidade e proteção a pessoa idosa.