Artigo Anais COPRECIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2594-7885

A CONSTRUÇÃO DO CORPO DA CRIANÇA SADIA E ROBUSTA NOS DISCURSOS DOS ANÚNCIOS PUBLICITÁRIOS DE ALIMENTAÇÃO INFANTIL NA PARAHYBA DO NORTE - 1918-1937

Palavra-chaves: CRIANÇA, CORPO, ALIMENTAÇÃO, DISCURSOS, DISCURSOS Comunicação Oral (CO) GD08 - História Cultural das Práticas Educativas
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      Este artigo teve por objetivo analisar como os anúncios publicitários de alimentação infantil que circularam no jornal A União, na Parahyba do Norte, entre 1918 a 1937, do século XX, construíram um ideal de corpo ‘sadio’ e ‘robusto’ para a criança. A problemática deste estudo centralizou-se nas conexões entre os discursos dos anúncios publicitários de alimentos para criança e as aspirações da política do eugenismo presentes no Brasil nos anos 20 e 30, do século XX. Médicos pediatras, educadores e os eugenistas participaram da construção ideológica da associação dos cuidados do corpo à saúde, em outros termos, estabeleceram um ‘ideal’ de corpo infantil. Os anúncios foram interpretados pelas tramas da História Cultural com direcionamento do olhar para os aspectos discursivos e simbólicos. Como metodologia, utilizamos a análise do discurso pelo prisma de Foucault. Os anúncios foram analisados para entender as estratégias da política eugenista pensada pelo governo federal e repercutiu também na Parahyba do Norte. A ideia de corpo de Foucault (2015) como uma realidade “bio-política” fundamenta a interpretação deste estudo. A criança era considerada como o ‘futuro da nação’. Esta ideia foi incentivada nos anúncios que contrastavam com a realidade de um grande índice de mortalidade infantil atribuída às doenças endêmicas e à ‘ignorância’ das mães pela falta de informações sobre os cuidados com a criança o que refletia na má alimentação e na falta de uma higienização adequada. O não progredir do corpo da criança refletiria de forma inadequada para a pátria, que precisava de cidadãos sadios para atuar no universo social e econômico. Os anúncios publicitários se apropriavam dos discursos científicos dos médicos pediatras para divulgar alimentos para criança e induziam o consumo como condição para se adquirir saúde e robustez. O projeto de desenvolvimento do Brasil, com vistas à modernização, tornou a criança como alvo preferencial para formar no país uma ‘raça superior’ a partir dos princípios eugênicos baseados em regras de higiene. Na Parahyba do Norte a assistência à criança também estava na ordem do dia. Os médicos da cidade da Parahyba do Norte responsáveis pelos cuidados com as crianças atribuíam aos altos índices de mortalidade infantil aos perigos de infecções, a questão alimentar, as doenças congênitas, a ignorância das genitoras e a precariedade das condições sociais e econômicas. As constatações desses problemas nas condições de saúde da criança eram incompatíveis com os anseios do progresso idealizados para o para a cidade da Parahyba do Norte e para o país.\r\n
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Publicado em 27 de novembro de 2017

Resumo

Resumo Este artigo teve por objetivo analisar como os anúncios publicitários de alimentação infantil que circularam no jornal A União, na Parahyba do Norte, entre 1918 a 1937, do século XX, construíram um ideal de corpo ‘sadio’ e ‘robusto’ para a criança. A problemática deste estudo centralizou-se nas conexões entre os discursos dos anúncios publicitários de alimentos para criança e as aspirações da política do eugenismo presentes no Brasil nos anos 20 e 30, do século XX. Médicos pediatras, educadores e os eugenistas participaram da construção ideológica da associação dos cuidados do corpo à saúde, em outros termos, estabeleceram um ‘ideal’ de corpo infantil. Os anúncios foram interpretados pelas tramas da História Cultural com direcionamento do olhar para os aspectos discursivos e simbólicos. Como metodologia, utilizamos a análise do discurso pelo prisma de Foucault. Os anúncios foram analisados para entender as estratégias da política eugenista pensada pelo governo federal e repercutiu também na Parahyba do Norte. A ideia de corpo de Foucault (2015) como uma realidade “bio-política” fundamenta a interpretação deste estudo. A criança era considerada como o ‘futuro da nação’. Esta ideia foi incentivada nos anúncios que contrastavam com a realidade de um grande índice de mortalidade infantil atribuída às doenças endêmicas e à ‘ignorância’ das mães pela falta de informações sobre os cuidados com a criança o que refletia na má alimentação e na falta de uma higienização adequada. O não progredir do corpo da criança refletiria de forma inadequada para a pátria, que precisava de cidadãos sadios para atuar no universo social e econômico. Os anúncios publicitários se apropriavam dos discursos científicos dos médicos pediatras para divulgar alimentos para criança e induziam o consumo como condição para se adquirir saúde e robustez. O projeto de desenvolvimento do Brasil, com vistas à modernização, tornou a criança como alvo preferencial para formar no país uma ‘raça superior’ a partir dos princípios eugênicos baseados em regras de higiene. Na Parahyba do Norte a assistência à criança também estava na ordem do dia. Os médicos da cidade da Parahyba do Norte responsáveis pelos cuidados com as crianças atribuíam aos altos índices de mortalidade infantil aos perigos de infecções, a questão alimentar, as doenças congênitas, a ignorância das genitoras e a precariedade das condições sociais e econômicas. As constatações desses problemas nas condições de saúde da criança eram incompatíveis com os anseios do progresso idealizados para o para a cidade da Parahyba do Norte e para o país. Palavras-chave: Criança; Corpo; Alimentação; Discursos; Publicidade.

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