Introdução: As insalubres condições do sistema penitenciário contribuem para disseminação de doenças contagiosas, em especial infecção pela sífilis e HIV/AIDS, constituindo grave fator de risco à saúde dos detentos, seus contatos, sobretudo familiares e equipe atuante no âmbito prisional. Essas interações relevam que as infecções não ficam restritas aos muros dos estabelecimentos penais. Garantir o direito á saúde das pessoas privadas de liberdade é um desafio para equipe de enfermagem. O objetivo do trabalho é descrever ações da equipe de enfermagem para prevenção, tratamento e controle de doenças sexualmente transmissíveis num complexo penitenciário masculino. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência da equipe de enfermagem no planejamento e execução de atividades preventivas, tratamento e controle de infecções sexualmente transmissíveis num presídio masculino de Salvador/BA. Resultados e Discussão: Foram realizadas rodas de conversas, quinzenalmente, para grupos distintos de internos e companheiras (os), abordando questões sobre sexualidade, prevenção e redução de danos. A distribuição de preservativo masculino foi acompanhada de orientação educativa, antes das visitas íntimas e no cotidiano para os internos. A periodicidade dos exames laboratoriais, consulta com infectologista e distribuição dos antirretrovirais para os infectados constituíram ações de tratamento e controle, mantidas mediante articulação com a rede pública municipal e estadual de saúde. Conclusão: Assegurar aos apenados os direitos humanos fundamentais previstos na Constituição Federal/1988 e na legislação do Sistema Único de Saúde, é atribuir-lhes o estatuto da igualdade e cidadania, é transformá-los em semelhantes, o que não significa a defesa do seu crime, mas da sua condição humana.