Introdução: A Psicologia tem um papel intenso no que se refere aos direitos constituídos aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde, não apenas física, mas também psíquica e mental, buscando a implantação de projetos que sirvam de modelo para a atenção da saúde de mulheres idosas, uma vez que este momento do desenvolvimento humano possui particularidades, sendo uma fase caracterizada por mudanças físicas, psicológicas e socias, agindo tanto no tocante ao retrocesso da vitalidade quanto na sensação de inutilidade que são recorrentes nessa população. Diante do exposto, estudar as contribuições da Psicologia frente às políticas públicas de atenção à mulher idosa se mostra pertinente. Objetivo: O presente trabalho busca evidenciar as principais contribuições da Psicologia frente às iniciativas que incluem mulheres idosas como parte de um público que deve receber atenção específica ou diferenciada quanto a atenção à saúde nos meios públicos, visto que trata-se de um direito assegurado por lei, promovendo assim, a melhoria da saúde física e mental das mulheres idosas. Metodologia: Realizou-se uma revisão da literatura nas bases de dados Google Acadêmico e Scielo acerca dos estudos brasileiros sobre a relação entre as contribuições da Psicologia frente às novas políticas públicas para Mulheres Idosas usando como descritores os termos “Psicologia”, “Politicas Públicas” e “Mulheres Idosas”. Dessa busca, foram analisados 16 artigos, selecionados a partir dos seguintes critérios de refinamento: estudos publicados entre 1998 e 2011, em português, exclusão de textos coincidentes, e seleção dos textos que relacionavam psicologia e políticas públicas para mulheres idosas. É pertinente registrar que, na próxima etapa, essa revisão sistemática será ampliada para outras bases de dados, para outros períodos de publicação e para artigos escritos na língua inglesa. Resultados: Constatou-se, até o presente momento, no material discursivo analisado, alguns fatores que ajudam a compreender o papel da Psicologia frente às novas políticas nacionais de atenção as mulheres da terceira idade. Dentre os elementos que potencializam, identificam-se, em principal instância: o conceito de gênero que permite enfatizar as relações sociais entre os sexos, permitindo a apreensão de desigualdades de poder entre mulheres e homens; o preconceito acerca das potencialidades dos idosos, mais especificamente das mulheres, associando-as a pessoas “sem utilidade”; a falta do contato com a família e/ou convívio social, acarretando problemas emocionais de baixa autoestima, depressão, sensação de abandono e de esquecimento, assim como a perda gradativa pela vontade de viver. Verificou-se, ainda, que devido aos estereótipos as mulheres idosas tendem a sofrer com a autoimagem reproduzida no espelho, a qual reflete um rosto que “não lhes pertence”, gerando uma conotação negativa da velhice, nas quais as representações sociais se relacionam a uma fase de perdas, limitações orgânicas, ausência de papéis sociais, e solidão. Conclusões: Dessa forma, fica evidenciada a necessidade de novas estratégias de politicas públicas voltadas para mulheres da “idade das flores”, uma vez que o processo de envelhecimento populacional tem aumentado cada vez mais com o gênero feminino, sendo necessário o posicionamento efetivo do profissional de Psicologia frente às demandas populacionais da terceira idade.